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Homem fabrica a própria mão biônica

Com a ajuda de uma impressora 3D, o francês Nicolas Huchet conseguiu produzir próteses biônicas de baixo orçamento

Por Da Redação
2 out 2015, 19h01

Nicolas Huchet, um francês de 32 anos, perdeu a mão direita em 2002, quando tinha apenas 19 e trabalhava como mecânico em uma fábrica. Recentemente, com a ajuda de uma impressora 3D, ele transformou sua incapacidade em inovação e empreendimento e passou a fabricar próteses biônicas de baixo orçamento.

“Após um acidente deste tipo, você se pergunta muitas coisas. E que tal a vida? E agora, o que fazer? É muito difícil para a autoestima e para a confiança pessoal”, comentou Huchet em entrevista à Agência Efe.

A mão postiça, que se chamará Bionicohand e, segundo o francês, deverá custar entre 1.000 e 1.500 euros, é só o começo. Seu objetivo é criar um ‘handylab’, ou seja, um laboratório dedicado à reparação do corpo para pessoas com incapacidade.

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Mais do que um conceito tecnologicamente revolucionário, Huchet quer provocar uma mudança social. Atualmente, seu projeto chamado My Human Kit é um dos dez finalistas do concurso Google Impact Challenge da França, que no próximo dia 8 premiará uma das iniciativas participantes com um financiamento de 500 mil euros.

O projeto tem o objetivo de fazer com que qualquer pessoa sem um membro possa fabricar sua própria prótese.

Antes de chamar a atenção do Google, a iniciativa havia interessado o prestigiado Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), que no primeiro semestre o selecionou entre os dez jovens mais inovadores da França.

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Inovação – Depois do acidente, Huchet havia recebido do governo francês uma mão robótica, com mecanismo de pinça e aparência real. Em 2012, em um centro de reabilitação, ele aprendeu a se servir com uma mão mioelétrica: uma nova geração de prótese, com a qual se pode movimentar todos os dedos.

Mas a Seguridade Social francesa não financia as modernas mãos mioelétricas ou biônicas, que custam entre 30 mil e 100 mil euros. “Por uma coincidência, descobri o mundo dos ‘fablabs’, que são laboratórios de fabricação digital abertos a todos. Quando vi uma impressora 3D pela primeira vez, me parecia uma máquina do futuro e perguntei se poderia fazer uma mão biônica. Me disseram: ‘Sim, por que não? Não sabemos como fazê-lo, mas podemos tentar'”, contou Huchet.

Em troca, ele teria que compartilhar sua pesquisa. “Pensei, ‘Que bom, que bom! Vão me ajudar e eu vou ajudar outras pessoas’. Assim descobri o mundo do código aberto, o ‘open source”, lembrou Huchet.

(Com EFE)

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