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Serial killer de Goiânia é condenado a 20 anos de prisão

Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 27 anos, enfrentou o primeiro júri popular das 35 mortes pelas quais é acusado

Por Rafaela Lara
16 fev 2016, 11h44

O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 27 anos, conhecido como ‘serial killer de Goiânia’, foi condenado a 20 anos de prisão nesta terça-feira pela morte de Ana Karla Lemes, de 15 anos. Trata-se do primeiro júri popular a que Rocha é submetido: ele é acusado por outras 35 mortes e chegou a admitir à polícia ter assassinado 39 pessoas. Ana Karla morreu em 2013. Rocha está preso desde 14 de outubro de 2014.

O júri foi composto por 3 mulheres e 4 homens escolhidos por meio de sorteio. Após todas as etapas do julgamento, a sala foi fechada para a votação, que durou cerca de 20 minutos. Reaberta a sessão, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara anunciou o resultado dos votos e a sentença. O promotor Cyro Terra afirmou que o Ministério Público de Goiás vai protocolar um recurso para aumento de pena.

Pela morte de Ana Karla, o vigilante foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Exames de balística comprovaram que a adolescente foi morta por uma bala disparada pela arma apreendida com Rocha.

O julgamento aconteceu no 2º Tribunal do Júri, no Setor Oeste, em Goiânia. Duas testemunhas de acusação foram ouvidas – a mãe de Ana Karla e um vizinho. Nenhuma testemunha de defesa foi arrolada. Quando questionado pelo crime, Rocha disse que “se sentia muito mal” após cometê-los. “Não tem motivo. É uma coisa inexplicável. Contrariando o que a maioria das pessoas pensam, que eu tinha prazer, eu era forçado a fazer isso [por uma força do mal]”, afirmou.

A promotoria falou por cerca de uma hora e os advogados de defesa Michel Pinheiro Ximango e Wanderson Santos de Oliveira, por trinta minutos. “Não resta alternativa a não ser a condenação do réu porque não há como fugir da realidade processual. Ninguém conseguiria desmantelar as provas já produzidas. Não há como negar. Só nos resta tentar reduzir a pena”, afirmou Oliveira.

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Após o depoimento do acusado, o promotor Cyro Terra iniciou a manifestação do Ministério Público de Goías sobre o caso. “A sociedade goiana precisa, exige, respostas para esta bárbara série de homicídios”. Laudo elaborado pela Junta Médica do Tirbunal de Justiça do Estado de Goiás apontou o vigilante como psicopata, mas imputável, ou seja, capaz de responder por seus atos. O juiz não acatou o pedido da defesa de inimputabilidade ou semi-inimputabilidade com base em um laudo de insanidade mental que tornaria Rocha incapaz de responder pelos crime cometidos.

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