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MLST aponta três integrantes na ‘lista de morte’ em MG

Por Da Redação
26 mar 2012, 18h52

Por Marcelo Portela

Belo Horizonte – O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) divulgou nota nesta segunda em protesto contra a suspeita de que três integrantes do movimento assassinados no sábado teriam sido mortos em uma disputa pela liderança da entidade. A nota afirma ainda que, por causa da situação de tensão entre proprietários e sem-terra na região do Triângulo Mineiro, pelo menos outros três integrantes – Ismael Costa, Robson dos Santos Guedes e Vander Nogueira Monteiro – estariam “na lista de morte”.

O clima tenso na região foi confirmado pelo superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas, Carlos Calazans. Ele contou que o maior problema é que empresas e proprietários de terra se recusam a negociar com o órgão, enquanto os sem-terra permanecem em terras ocupadas. “Os proprietários vão direto à Justiça pedindo a reintegração de posse. E não podemos fazer desapropriação, porque são áreas invadidas”, disse.

Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48, foram mortos a tiros na MGC-455, altura do distrito de Miraporanga, próximo a Uberlândia, no sábado (24). Um neto de Clestina e Milton, de 5 anos, também estava no carro com os sem-terra quando o veículo foi fechado pelo carro dos criminosos, mas não foi ferido. No domingo (25), uma equipe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) chefiada pelo delegado Kleyverson Rezende seguiu para Uberlândia para auxiliar nas investigações.

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Segundo a direção do MLST, o crime pode estar ligado à disputa pela fazenda São José dos Cravos, no município de Prata, onde há um acampamento da entidade. Milton e Clestina já haviam sido beneficiados com um lote em um assentamento, mas continuavam vivendo na área invadida. Uma usina de beneficiamento de cana-de-açúcar recorreu à Justiça pedindo a reintegração de posse da área, que teria sido arrendada. No último dia 8, foi realizada uma audiência para tentativa de conciliação, mas não houve acordo.

Já a Polícia Militar informou que há denúncia de que havia atrito entre os sem-terra pela liderança do movimento, hipótese também em apuração. Para o frei Gilvander Moreira, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), é preciso agilizar as investigações para que “os jagunços e mandantes sejam presos, julgados e condenados”. “Precisamos aguardar o andamento das investigações, que ainda estão no início”, afirmou o chefe do DIHPP, delegado Edson Moreira. Nesta terça, Carlos Calazans se reúne com integrantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para verificar como o Incra pode auxiliar no caso.

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