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Santa Catarina sofre nova onda de ataques

Sete ônibus e um guincho foram incendiados e sede de prefeitura foi atacada; vídeo mostra presos sendo agredidos

Por Jean-Philip Struck
2 fev 2013, 13h38

Santa Catarina teve uma nova onda de atentados entre a noite de sexta e a manhã deste sábado. Sete ônibus e um guincho particular foram incendiados por criminosos em Joinville, Laguna e Camboriú. Também foram registrados ataques a uma delegacia, um presídio e à sede da prefeitura de Itajaí, no litoral norte do estado. A região concentrou a maioria dos atentados.

A polícia prendeu 14 pessoas e um apreendeu um adolescente por suspeita de envolvimento nos ataques. Não houve registro de feridos. Na sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar do estado, coronel Nazareno Marcineiro, afirmou que a corporação vai escoltar alguns ônibus para coibir novos ataques.

Ao todo, a Polícia Militar já registrou 28 atentados em dez municípios do estado desde quarta-feira. Um total de 22 pessoas foi presa. As autoridades de Santa Catarina afirmam que o estopim dos ataques foi a intensificação das ações da polícia no combate ao tráfico e no combate ao poder de facções criminosas que atuam em presídios.

Neste sábado o jornal A Notícia, de Joinville, divulgou imagens de uma ação “pente fino” no presídio Regional de Joinville, no dia 18 de janeiro. A gravação, feita por uma câmera de segurança da unidade, mostra presos nus sendo espancados por agentes prisionais, que também disparam bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha em um grupo de detentos que está agachado junto a uma parede de um pátio. As imagens são fortes e a ação dos guardas não parece ter sido provocada pelos presos, que suportam as agressões passivamente. Ao jornal, o diretor interino da unidade, Cristiano Teixeira, disse que o caso está sendo investigado e que, caso as agressões sejam confirmadas, os suspeitos serão responsabilizados.

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Já o juiz João Marcos Buch, da Vara de Execução Penal em Joinville, disse ao jornal que as agressões eram “inadmissíveis” e que não iria “tolerar esse tipo de comportamento”. O juiz disse ainda que as agressões aos presos no dia 18 podem ter contribuído para a onda de ataques no estado.

Novembro – A onda de atentados no estado, que começou na quinta-feira, ocorre mais de dois meses depois de uma série de ataques que paralisou Santa Catarina, em novembro. À época, 47 pessoas foram presas e 27 ônibus e 12 automóveis foram incendiados. Também foram registrados dez ataques com arma de fogo contra PMs e agentes prisionais. Três suspeitos morreram em confronto com a polícia.. Escutas telefônicas revelaram que a ordem de queimar ônibus e apavorar a população havia partido de dentro de presídios.

A versão mais aceita para o início dos ataques de novembro é a de que os presos queiram a saída do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, na região de Florianópolis. O chefe da unidade era suspeito de ter torturado presos sistematicamente após sua mulher, que era agente penitenciária, ter sido assassinada. O diretor acabou sendo afastado e os presos foram submetidos a perícias médicas. Logo depois, os ataques cessaram. Escutas mostraram os ataques, da mesma forma que começaram, foram interrompidos por ordem de presidiários.

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