Banco dos Brics é inaugurado com capital de US$ 100 bi
Cerimônia aconteceu em Xangai. Segundo o grupo, criação do banco é uma tentativa de romper a hegemonia de instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial
O novo Banco de Desenvolvimento dos Brics foi inaugurado nesta terça-feira, em Xangai, com objetivo de financiar projetos de infraestrutura de seus membros (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O capital inicial autorizado ao banco é de 100 bilhões de dólares, sendo 41 bilhões de dólares garantidos pela China. Os cinco países do grupo representam 40% da população mundial e um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta.
A criação do banco é uma tentativa de romper a hegemonia de instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, acusados de não levar em conta as nações emergentes. O novo banco será presidido por um ex-banqueiro indiano, K.V Kamath, nomeado em maio para um mandato de cinco anos.
Os líderes do Brics, que se reuniram no Brasil em julho de 2014, assinaram um acordo para a criação do banco, que foi formalmente inaugurado no início deste mês. O banco vai iniciar as operações efetivas no final deste ano ou no início do próximo ano, de acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua.
O ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, o prefeito de Xangai, Yang Xiong, e o presidente do banco KV Kamath da Índia participaram da cerimônia de abertura. A instituição terá sua sede central na China, em Xangai, um diretor brasileiro e a autoridade da entidade na Rússia, enquanto um escritório regional será estabelecido na África do Sul.
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A China tem liderado a criação de um outro banco de infraestrutura internacional, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, que também tem o objetivo de promover o desenvolvimento em países emergentes.
De acordo com a agência de notícias chinesa, Lou disse que os dois bancos irão complementar um ao outro e demonstra como as economias emergentes podem melhorar a infraestrutura global e reformar a governança econômica em todo o mundo.
(Da redação)