Saiba como se proteger dos raios
Na última segunda-feira, quatro pessoas morreram no litoral paulista atingidas por um raio. Veja de que maneira são formadas essas descargas elétricas e como escapar delas
Quatro banhistas morreram em Praia Grande, no litoral paulista, após serem atingidos por um raio na tarde da última segunda-feira. Outras quatro pessoas ficaram feridas, uma delas ainda está internada no Pronto-Socorro Central da cidade.
O Brasil, por ser o maior país da região tropical do planeta, é o campeão mundial na incidência de raios, com 50 milhões de casos por ano, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmostérica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De cada 50 mortes por raios em todo o globo, uma acontece em território nacional. Esta época do ano, de calor e tempo úmido, facilita a formação dos raios, descargas elétricas de grande intensidade formadas nas nuvens. Apenas na madrugada de segunda-feira, 3.000 raios atingiram a capital paulista. A cada verão, cerca de 100 pessoas morrem atingidas por raios no país, de acordo com estimativas do Inpe. Só em 2014, até o meio de novembro, 84 pessoas foram mortas em consequência de descargas elétricas.
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Raios, o fenômeno mais intenso do planeta
Locais abertos como praias, estacionamentos, campos de futebol ou quadras esportivas costumam ser regiões especialmente propícias aos raios, por não apresentarem obstáculos entre as nuvens carregadas e o solo. “Em regiões planas e descobertas, o raio se conecta ao ponto mais alto da superfície, que pode ser um guarda-sol ou uma pessoa”, explica o geofísico Marcelo Saba, pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmostérica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Por isso, a primeira atitude a tomar é, assim que escutar trovões, procurar abrigo, de preferência uma edificação com estrutura sólida que barre a descarga elétrica.”
Alta energia – O raio tem uma energia que chega a 30.000 ampères, cerca de 1.000 vezes a intensidade de um chuveiro elétrico e o suficiente para iluminar uma casa durante um mês. Quando ele chega ao solo, espalha-se pela superfície e atinge quem está próximo.
“É raro que alguém seja diretamente atingido por um raio, normalmente, recebemos a carga do solo ou de objetos como árvores ou veículos, que saltam para nós”, explica Saba. “A melhor dica é fugir dos raios, escondendo-se em construções. Se, depois de uma meia hora, a chuva continuar sem trovões, é possível voltar para os espaços abertos. Mas é sempre bom identificar algum local seguro e sólido para se proteger no caso de os raios voltarem.
Veja abaixo como se proteger dos raios: