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Observar imagens de animais ‘fofinhos’ pode aumentar produtividade, diz estudo

Cientistas japoneses analisaram o desempenho de diversos estudantes em atividades que demandam atenção. Grupos que observaram fotografias de filhotes de cães e gatos antes do início das tarefas se saíram melhor

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h26 - Publicado em 2 out 2012, 14h30

Filhotes de cães e gatos são kawaii. Esta palavra japonesa pode ser traduzida para o português como aquilo que é fofinho. E tudo aquilo que é fofinho produz sentimentos positivos nas pessoas. Mas qual a influência dessas boas sensações no comportamento humano? A partir desta pergunta, um grupo de pesquisadores da Universidade de Hiroshima, no Japão, concluiu que a fofura pode melhorar o desempenho no trabalho. A pesquisa foi publicada na última edição da revista científica PLOS One.

Galeria de fotos: Animais de setembro

Os cientistas pediram a estudantes da universidade que realizassem três atividades que envolviam concentração. A cada exercício, os participantes eram divididos em duas equipes. Uma delas observava, antes do início das tarefas, um conjunto de fotografias de filhotes de cães e gatos. Aos demais eram entregues fotografias neutras. Em todos os casos, os alunos que viram imagens mais kawaii tiveram melhor desempenho do que os seus colegas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Power of Kawaii: Viewing Cute Images Promotes a Careful Behavior and Narrows Attentional Focus

Onde foi divulgada: revista PLOS One

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Quem fez: Hiroshi Nittono, Michiko Fukushima, Akihiro Yano, Hiroki Moriya

Instituição: Universidade de Hiroshima, Japão

Dados de amostragem: 132 alunos da universidade de Hiroshima

Resultado: Os pesquisadores propuseram três diferentes tarefas que demandavam alto nível de concentração. Em cada atividade, os participantes foram divididos em dois grupos. A equipe que pode observar fotografias de filhotes de cães e gatos antes do início das provas teve desempenho melhor.

Jogo – O primeiro teste, que contou com a participação de dois grupos de 24 pessoas, foi realizado com um jogo infantil japonês chamado Dr. Bilibili. O mais próximo correspondente no Brasil é o clássico Jogo da Operação, da Estrela, ou o atual Operando, da Hasbro, que convidam os participantes a removerem 14 itens metálicos de dentro de pequenos buracos no corpo de um paciente. Valendo-se de uma pinça, os jogadores não podem deixar que os objetos caíam ou toquem as bordas, sob o risco de ‘machucar’ o doente. Após duas rodadas, o desempenho foi melhor entre os alunos que observaram, antes do início da atividade e no intervalo entre uma partida e outra, as fotos dos filhotes de animais.

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De acordo com o artigo publicado na PLOS One, a precisão apurada da equipe que observou animais mais fofinhos pode ser explicada por maiores níveis de atenção. Segundo os cientistas, imagens de filhotes remetem a ideias como cuidado, afeto e proteção. “A sensibilidade provocada por fotografias fofas é mais do que um estímulo positivo que cria boas sensações. Ela pode deixar as habilidades motoras mais suaves”, escreve Hiroshi Nittono, pesquisador chefe do estudo.

Matrizes – Num segundo exercício, outros 48 jovens japoneses foram selecionados e divididos em três equipes. A primeira recebeu fotografias de pequenos cães e gatos recém-nascidos. A segunda observou animais mais velhos e, a terceira, alimentos suculentos (macarrão, sushi e bife). Em seguida, cada participante tinha de identificar a ocorrência de um determinado número em várias matrizes. Em outras palavras, ele tinha de dizer quantas vezes um algarismo (8, por exemplo) aparecia num conjunto de 40 números. Resolvida uma matriz, outra surgia, e assim por diante, por três minutos. A concentração era medida de acordo com o número de matrizes solucionadas. Resultado: o primeiro grupo conseguiu solucionar mais problemas do que os outros.

exemplo estudo japão ()

Por último, foram convocados outros 36 estudantes para responder a estímulos visuais. Eles deveriam dizer se estavam vendo a letra H ou T projetadas numa parede. O problema é que os dígitos eram formados por vários caracteres menores (um H grande poderia ser constituído por vários Fs menores). Por outro lado, um T poderia aparecer diversas vezes numa disposição que formava outra letra, como um L, demandando um esforço de visão mais focalizado. Novamente, as pessoas que observaram imagens fofas antes do exercício se saíram melhor: tiveram mais facilidade para reconhecer as letras.

“Este estudo mostra que ver coisas fofas melhora o desempenho em tarefas que necessitam de cuidado e precisão, possivelmente melhorando o foco de atenção”, escreveram os pesquisadores no estudo.

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