Batalhão de Choque da PM faz operação na Rocinha
Tiroteios frequentes na favela pacificada evidenciam disputa entre facções

O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro realizou na madrugada desta quinta-feira uma operação na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde uma disputa entre duas facções criminosas pelo comando do tráfico tem causado tiroteios diários. Os conflitos são em uma favela considerada pacificada, que recebeu Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em 2012. A ação dos policiais, no entanto, tem se mostrado ineficiente e até mesmo criminosa – como no caso Amarildo, pelo qual 25 PMs foram indiciados por tortura seguida de morte.
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A mobilização do Batalhão de Choque, que envolveu 45 homens, teve início por volta de 20h da quarta-feira, mas a operação se intensificou na madrugada, quando traficantes e PMs trocaram tiros e assustaram os moradores. Segundo a assessoria da corporação, não houve prisões nem apreensões durante a ação. Os tiroteios na Rocinha ficaram frequentes desde que o traficante John Wallace da Silva Viana, conhecido como Jhonny, assumiu o posto que era de Nem, preso em novembro de 2011 na Zona Sul do Rio tentando escapar da ocupação policial na favela.
Outro traficante, Luiz Carlos Jesus da Silva, conhecido como Djalma, era muito próximo de Nem e tinha expectativas de herdar o comando do tráfico na Rocinha. Frustrado com a ascensão de Jhonny ao posto mais elevado do crime na favela, Djalma deixou a facção e passou a disputar com o antigo colega o domínio sobre a Rocinha. Hoje, Djalma teria o controle sobre a parte mais alta da comunidade e Jhonny sobre a mais baixa.
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(Com Estadão Conteúdo)