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STF: 35 mil pedem julgamento do mensalão

Manifestantes entregam abaixo-assinado a ministros exigindo decisão sobre réus do maior escândalo do governo Lula ainda neste semestre

Por Da Redação
30 Maio 2012, 11h44

Representantes de movimentos de combate à corrupção devem entregar aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, um abaixo-assinado com mais de 35 000 assinaturas pedindo que o julgamento do mensalão seja realizado ainda no primeiro semestre. A previsão é que os integrantes do movimento “SOS STF – Julgamento do Mensalão Já” estejam no STF às 14 horas. Fazem parte do grupo o Movimento 31 de Julho, a organização não-governamental Transparência Brasil, a ONG Contas Abertas e o Movimento “Queremos Ética na Política”.

O principal objetivo do protesto é alertar para a possibilidade da prescrição de alguns crimes. “O nosso objetivo é fortalecer as instituições. Esse é um gesto de solidariedade aos ministros do STF. Nós acreditamos que o próprio [presidente do STF] Carlos Ayres Britto tem a intenção de julgar o processo rapidamente. Então isso é um apoio a essa intenção”, afirmou Ana Luiza Archer, do Movimento 31 de Julho.

Apesar de a maioria das assinaturas ter sido colhida de forma eletrônica (cerca de 24 000), os organizadores da petição dizem estar satisfeitos com apoio físico. “A adesão na rua foi muito grande. No Rio, fizemos eventos na orla, em Copacabana, Ipanema, Leblon. Os movimentos duravam apenas duas horas, mas a adesão era total”, afirma Marcelo Medeiros, também do 31 de Julho. “O corpo a corpo na rua foi muito interessante. Grande parte das pessoas aderiu, fez fila e elogiou muito”, completa Ana Luiza.

A campanha das entidades ocorre após a ação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se lançado numa ofensiva sobre o STF para protelar o julgamento, como revelou reportagem da edição de VEJA desta semana.

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Lula encontrou o ministro do STF Gilmar Mendes no dia 26 de abril no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Em troca da lealdade do integrante do Supremo, ofereceu uma blindagem na CPI do Cachoeira – na leitura do ex-presidente, Mendes poderia se tornar alvo da investigação por ter se encontrado com Demóstenes Torres em Berlim. Lula também planejava ter conversas semelhantes com outros ministros. Ou fazer chegar a eles suas intenções.

Leia a reportagem da ONG Contas Abertas

Central de mentiras – Diante da revelação de Mendes, o ex-presidente insinuou, em nota oficial divulgada na segunda-feira, que o ministro mentira. Em resposta, na terça, Mendes subiu o tom. Disse que é vítima de uma tentativa de desmoralização do tribunal por causa do julgamento do mensalão. Por várias vezes repetiu: “Isso é coisa de bandido”, referindo-se a informações que, segundo ele, estão sendo “plantadas” para prejudicá-lo.

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O ministro negou que tenha voado em um avião de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Até trouxe para vocês (documentos) para encerrar esse negócio. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Bandidos que ficam plantando essas informações”, afirmou o ministro a um grupo de jornalistas.

Mendes afirmou que por duas vezes viajou em aeronaves cedidas pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). As duas viagens, segundo ele, foram de Brasília para Goiânia e realizadas em aviões de empresas de táxi aéreo. O magistrado disse que soube, ainda, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava envolvido na divulgação dessas “mentiras”.

“As notícias que me chegaram era que sim. De que ele era a central de divulgação disso”, disse. As declarações foram dadas nesta terça, no momento que Mendes chegava à sala onde são realizadas sessões de julgamento do STF. Parte do áudio foi divulgada pelo Jornal Nacional da TV Globo.

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Para o ministro, há uma tentativa de coagir o Supremo. “O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção”.

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