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Dados do Coaf revelam o laranjal da construtora Delta

Empreiteira pagou mais de 100 milhões de reais a empresas de fachada que repassavam o dinheiro a políticos e funcionários públicos

Por Da Redação
2 jun 2012, 14h45

A devassa nas contas da construtora Delta, aprovada pela CPI do Cachoeira, é uma medida que pode mexer profundamente com o meio político brasileiro. Como mostra a edição de VEJA que chega às bancas neste sábado, ela põe a CPI na trilha de um dinheiro clandestino que abasteceu campanhas políticas e pagou propinas a servidores públicos. O montante das transações secretas? Mais de 100 milhões de reais.

VEJA revela dados de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo federal encarregado de monitorar transações financeiras suspeitas de constituir lavagem de dinheiro. Nele, a Delta aparece relacionada a movimentações atípicas entre 2006 e o ano passado.

Numa delas, uma empresa chamada GM Comércio de Pneus e Peças Ltda., com sede num pequeno escritório de contabilidade em Goiânia, recebeu entre novembro de 2009 e maio de 2010 depósitos bancários realizados pela Delta em valores superiores a 6 milhões de reais. A GM está registrada no nome do policial civil aposentado Alcino de Souza.

Localizado por VEJA, Alcino admitiu receber 1.500 reais mensais para emprestar o nome à firma e para prestar um único serviço: sacar os valores que entravam na conta da empresa, acondicionar os maços em sacolas e entregar ao seu patrão. O homem que recebia o dinheiro é o empresário Fabio Passaglia, que mantém estreitas ligações com a política de Goiás – foi auxiliar dos ex-governadores Iris Resende e Maguito Vilela, as duas maiores lideranças do PMDB no estado.

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Como investigador que foi, Alcino sabe que atuou como parte de um esquema criminoso. “Tem gente grande envolvida nisso, mas não posso falar porque tenho medo de morrer”, disse ele.

O caso da loja-fantasma de pneus ilustra bem o motivo da preocupação de muitos políticos com a iminente devassa nas contas da empreiteira. As “operações atípicas” indicam que os saques de dinheiro feitos pela matriz da empreiteira sempre aumentavam nos períodos eleitorais.

Em se tratando de CPI, o que era cachoeira virou tsunami.

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