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Raízen é aposta de Cosan e da Shell para avançar no mercado de etanol dos EUA

A nova empresa terá o aval da Shell para conquistar novos compradores para o álcool brasileiro no mercado de distribuição de combustíveis americano

Por Ana Clara Costa
14 fev 2011, 13h20

A Shell promete desenvolver um lobby poderoso para colocar a produção da Raízen em sua rede de mais de 44 mil postos no mundo

A Raízen – empresa resultante da joint venture entre a Cosan e a Shell – terá a missão de consolidar um projeto pelo qual a Cosan tem batalhado nos últimos anos: avançar no mercado norte-americano. Devido às barreiras alfandegárias impostas pelo governo local, a empresa presidida por Rubens Ometto tem procurado, em conjunto com a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), encontrar novas maneiras de ampliar as exportações de etanol para os Estados Unidos – em 2010, 16% das exportações do setor destinaram-se ao país, isto é, 248 mil toneladas, que renderam um faturamento de 186 milhões de dólares. “Batalhar junto a pequenos distribuidores de combustível nos EUA não é uma tarefa fácil. Já com um avalista como a Shell, o objetivo é que a Raízen atinja esse objetivo”, afirma Ometto, que será o presidente do conselho da nova empresa.

Com presença forte na Europa e na Ásia, a Shell promete desenvolver um lobby poderoso para colocar a produção da Raízen em sua rede de mais de 44 mil postos no mundo. “É uma empresa que já nasce grande, com um produto comprovadamente avançado e pronta para concorrer no mercado internacional”, afirma Vasco Dias, presidente da joint venture e ex-presidente da Shell Brasil.

A estrutura de capital da nova empresa coloca Shell e Cosan como acionistas – cada uma com 50% das ações. Do total de dívida acumulada por ambas, cerca de 2,5 bilhões de reais foram transferidos à Raízen, sendo 1,5 bilhão de reais proveniente da Shell.

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Apesar de recém-criada, a Raízen deverá explorar, ainda nos próximos meses, algumas possibilidades de captação no mercado de dívidas. Segundo o diretor financeiro da empresa, Luiz Rapparini, uma possível abertura de capital na bolsa de valores ainda não está nos planos. “Primeiros queremos explorar as possibilidades do mercado de ‘bonds'”, afirma.

As áreas de lubrificantes e alimentos da Cosan, na qual está incluída a marca União, não entram na joint venture, assim como o setor de exploração de petróleo da Shell (também chamado de ‘upstream’).

Como resultado da criação da nova empresa, a marca Esso – adquirida no Brasil pela Cosan em 2008 – deverá ser substituída (no que se refere a etanol) pela Raízen em até 36 meses.

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