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COP-21: Por que é importante um acordo contra as mudanças climáticas?

A cúpula que começou nesta segunda-feira (30), em Paris, tem a meta de limitar o aquecimento da temperatura global em 2°C. Saiba o que será debatido no encontro

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h00 - Publicado em 30 nov 2015, 17h42

Começou nesta segunda-feira (30), com a presença de representantes de mais de 190 países, a 21ª. Edição da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP), encontro anual no qual as nações revelam seu grau de comprometimento com metas destinadas a construir um planeta saudável. Até 11 de dezembro, as autoridades têm a missão de tentar fechar um acordo que limite o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa, responsáveis por 86% do carbono que chega à atmosfera e por grande parte do aumento da temperatura.

O encontro deste ano tem uma relevância especial, pois dele sairá a assinatura de um tratado que deve substituir o defasado protocolo de Kyoto, em vigor desde 1997. O texto do novo acordo, cujo esboço foi feito na reunião de 2014, será o novo guia para regular o corte das emissões de carbono, que deve ser seguido por todas as nações.

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‘Metas climáticas brasileiras estão na direção certa, mas poderiam ser mais ambiciosas’

Aquecimento – No fim de outubro, a Convenção de Mudanças Climáticas da ONU divulgou um relatório afirmando que, com os atuais comprometimentos de 146 países para reduzir emissões de gases do efeito estufa, seria possível diminuí-las em 8% até 2025 e em 9% até 2030. Isso quer dizer que, se comparadas às do período entre 1990 e 2010, as emissões de agora até 2030 terão seu ritmo diminuído em 60%. De acordo com a ONU, apesar de representarem um passo na direção certa, de um mundo de baixo carbono, os números não teriam a ambição necessária: com essas metas, o aquecimento até o final do século deve ser de 2,7°C. Ou seja, a meta de limitar o aumento de temperatura em 2°C, estabelecido na Cúpula do Clima de 2010, em Cancun, não será alcançado.

Visto de maneira isolada, o valor de 2,7ºC pode não parecer alarmante. Contudo, o planeta, assim como os humanos, os animais e as plantas, são vulneráveis mesmo ao aumento mais sutil de temperatura. Desde o início dos registros históricos, em 1880, a temperatura global subiu 0,85 grau, o que é muito, suficiente para criar um descompasso na natureza. Condições climáticas improváveis se espalham, com vários exemplos: o calor fora do comum no Ártico; as chuvas torrenciais da Índia; a secura dos mananciais de São Paulo. Isso tudo por ter ocorrido uma elevação de 0,85 grau em mais de 130 anos. O que pode acontecer com uma elevação superior a 2 graus em 100 anos, situação à qual chegaremos caso continuemos a poluir na mesma toada, pode ser o agravamento de desastres ambientais, com reflexos profundos na economia.

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Estimativas feitas por cientistas revelam que, com esse aumento, uma porcentagem 26% maior de pessoas irá sofrer com a escassez de água até 2080, em comparação com a taxa de 1980. Nesse mesmo ano, o número de pessoas expostas a enchentes será seis vezes maior. A biodiversidade também será afetada, e um bom exemplo são os corais: um terço deles será degradado devido às águas mais quentes nas próximas décadas. Além disso, o calor deve diminuir a produtividade de trabalhadores em 20% até 2100.

A grande dificuldade da COP-21 é encontrar uma ação de combate que agrade a todos os 196 países (são cerca de 40.000 pessoas participando da Convenção). Países menos desenvolvidos alegam que o direito de usar combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás, os grandes emissores de carbono) poderia diminuir a miséria de suas populações, já que os países mais desenvolvidos fazem uso deles há 200 anos. Além disso, a transição para o uso de energias renováveis (como eólica ou solar) tem um custo e uma das grandes questões é decidir quem vai pagar por ele.

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(Da redação)

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