Ministros do governo de Jair Bolsonaro com coronavírus e as medidas adotadas para conter a pandemia, a aprovação do pedido de calamidade pública na Câmara, a possível crise diplomática causada por Eduardo Bolsonaro, o corte na taxa básica de juros e a guerra de panelas pelo Brasil. Esses são os cinco principais assuntos para você começar seu dia bem-informado.
CORONAVÍRUS
Os ministros General Heleno (GSI) e Bento Albulquerque (Minas e Energia) testaram positivo para coronavírus na quarta-feira 18, fazendo com que o número de membros que integraram a comitiva do presidente Jair Bolsonaro que foram infectados subisse para dezessete. Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, também foi diagnosticado com a Covid-19. Para evitar mais contaminações após o teste positivo para um diplomata, o Itamaraty decidiu entrar em quarentena parcial. Por ter tido contato com Alcolumbre, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, foi outro que resolveu ficar em isolamento domiciliar.
O governo federal anunciou um pacote de medidas para tentar diminuir os efeitos do coronavírus sobre a economia brasileira. Entre as ações, está a liberação de 15 bilhões de reais para trabalhadores informais e a autorização para que a jornada de trabalho e o salário possam ser reduzidos em até 50%.
Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) determinou o fechamento de lojas na cidade para conter o avanço da doença. O governador João Doria (PSDB) também decretou que todos os shoppings centers da capital e região metropolitana sejam fechados, além de academias de ginástica. A medida é semelhante à adotada pelo governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). A doença respiratória já matou quatro pessoas e contaminou outras 428 até esta quarta, segundo dados do Ministério da Saúde.
CALAMIDADE PÚBLICA
Já na noite de quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o decreto do Executivo que reconhece o estado de calamidade pública na tentativa de combater a pandemia de coronavírus no país. A medida segue para votação no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre já sinalizou que será aprovada. A expectativa é de que a Casa aprove na próxima semana.
CRISE DIPLOMÁTICA
No fim da noite, o deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro provocou uma crise diplomática com a China após responsabilizar o Partido Comunista Chinês pelo surgimento do novo coronavírus. A publicação nas redes sociais causou reação da embaixada chinesa e do próprio embaixador, Yang Wanming, que criticou duramente a declaração. Para tentar conter os ânimos, Rodrigo Maia pediu desculpas à China e ao embaixador em nome de todos os deputados. Após a forte repercussão, Eduardo decidiu apagar o tuíte.
CORTE NA SELIC
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seguiu as expectativas e reduziu a taxa básica de juros, Selic, pela sexta vez consecutiva, a 3,75%, na quarta. Para o economista Mendonça de Barros, o corte não terá importância a curto prazo e ficará perdido no pânico da economia global causada pela pandemia de coronavírus. Confira a análise completa.
GUERRA DAS PANELAS
Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em cidades do Brasil. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e outras. A diferença para o dia anterior, porém, foram os panelaços registrados a favor do presidente, após pedido feito por ele mesmo nas redes sociais.