As notícias sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco
Vereadora do PSOL foi morta a tiros na noite de quarta-feira, 14, no centro do Rio; polícia investiga execução
Assassinada com quatro tiros na noite de quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco (PSOL) era ativa no movimento negro e criticava a atuação policial nas favelas da cidade. Os bandidos fugiram do local do crime sem levar nada e a principal hipótese das investigações é a de execução. O motorista Anderson Pedro Gomes também foi morto.
Acompanhe a repercussão da morte da vereadora Marielle Franco:
20:21 – Milhares vão às ruas no Rio e SP em atos contra morte de Marielle
Milhares de manifestantes foram às ruas no início da noite no Rio de Janeiro e em São Paulo para protestar contra o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e pedir justiça, investigação rápida e punição dos culpados, além de criticar a violência e a intervenção federal no estado.
No Rio, os manifestantes se concentraram diante do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no fim da tarde e depois seguiram pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, na região central. Antes, o velório na sede da Câmara Municipal também reuniu uma multidão de manifestantes.
Em São Paulo, os manifestantes se concentram na região próxima ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, que teve as duas pistas interditadas em razão do protesto. Além daqueles que se manifestavam contra a morte da vereadora, o ato atraiu milhares de professores que protestavam no centro contra o projeto do prefeito João Doria (PSDB) para alterar a Previdência municipal.
19:37 – Mataram minha mãe e mais 46 mil eleitores, diz filha de Marielle
Luyara Santos, filha da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, disse, em post no Facebook, que o crime foi não só contra sua mãe, mas também contra os eleitores que a levaram a ser a quinta vereadora mais votada nas últimas eleições municipais do Rio.
19:23 – ONU condena assassinato de vereadora Marielle Franco
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) classificou hoje como “profundamente chocante” o assassinato da vereadora Marielle Franco, num ataque a tiros na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro.
17:55 – Ministro dos Direitos Humanos se reúne com interventor federal
O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, e os conselheiros Dermeval Farias e Marcelo Weitzel se reúnem, na tarde desta quinta-feira (15), com o responsável pela intervenção federal no Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, no Centro de Comando e Controle do Governo do Estado.
17:24 – ONU pediu que ativistas monitorem intervenção no RJ
Uma semana antes da morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), o chefe da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, cobrou do governo brasileiro garantia da presença da sociedade civil no Observatório de Direitos Humanos criado para monitorar as ações militares durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.
16:48 – No blog de Lillian Witte Fibe – Uma democracia entregue às milícias
“A morte de Marielle levanta de novo a pergunta: que futuro tem uma democracia cujos desgovernos municipais, estaduais e federal delegam a segurança do cidadão a milícias e a organizações criminosas?”
16:20 – Velório de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes
Milhares de pessoas se reuniram ao redor do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, na região central da cidade, no início da tarde desta quinta-feira (15), para prestar homenagens a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, assassinados na noite de quarta-feira (14).
Na Cinelândia, o clima é de muita comoção. Entidades ligadas aos direitos humanos, principalmente das mulheres e dos negros, espalharam cartazes em homenagem à vereadora, atuante nessa área. A todo momento, alguém puxa o coro “Marielle, presente!” como forma de registrar que a parlamentar deixou um legado.
16:14 – Única tese: execução
A polícia do Rio de Janeiro passou a trabalhar com uma única hipótese para o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL): execução. Não está claro, no entanto, quem teria ordenado o crime. A parlamentar e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (14), no centro da cidade. A assessora Fernanda Chaves, que estava junto, ficou ferida por estilhaços, mas foi socorrida e liberada.
16:05 – Perfil: Marielle Franco, vereadora e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro
Em catorze meses de mandato, Marielle apresentou treze projetos de lei. Saúde da mulher foi uma das pautas mais defendidas por ela. “Se é Legal, tem que ser Real” era o nome de um projeto para informar mulheres sobre as situações em que fazer aborto está dentro da lei, como anencefalia e estupro. Ela também pretendia criar o Dossiê da Mulher Carioca, que reuniria informações sobre violência de gênero na cidade. Outro projeto de destaque sugeria a criação do “Espaço Coruja”, um local onde mães e pais pudessem deixar seus filhos para estudar ou trabalhar à noite – ela mesma engravidou aos 18 anos e só conseguiu retomar os estudos dois anos depois.
16:01 – Além de Marielle Franco, os tiros disparados no centro do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (14) assassinaram também o motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos. Ele nunca havia relatado ameaças.
Gomes era motorista da Uber, mas, na hora do crime, não estava prestando serviços pelo aplicativo. Em entrevista à Rádio Gaúcha, a sua esposa, Agatha Reis, o definiu como um “pai exemplar”. Leia mais
15:44 – Após o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, na quarta-feira (14), uma série de atos foi marcada pelo país para protestar contra a morte da política e ativista dos direitos humanos, que foi assassinada no que as forças de seguranças suspeitam ter sido uma execução. Saiba mais sobre as manifestações.
15:32 – A vereadora Talíria Petrone (PSOL), de Niterói (RJ), recebeu uma ameaça de morte por telefone quatro meses antes da colega Marielle Franco (PSOL), da capital do Rio, ser assassinada. A sede do partido recebeu diversas ligações de um homem anônimo que ofendeu Talíria e ameaçou explodir uma bomba no espaço de reuniões. Entenda
14:36 – Ao anunciar o nome de Marielle Franco para batizar uma escola pública em construção em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella disse que a segurança prometida pela intervenção federal no Rio de Janeiro “ainda não chegou”.
Nesse momento, em que estamos sofrendo uma intervenção, é realmente paradoxal. Esperávamos ter mais segurança, mas essa segurança ainda não chegou. Espero que chegue logo, que a gente não tenha que amargurar o que estamos sofrendo agora.
14:22 – O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), anunciou que batizará de Vereadora Marielle Franco uma escola em construção em Guaratiba, na Zona Oeste da capital. A unidade deve atender 1.000 crianças.
13:47 – Desde o fim de fevereiro, Marielle integrava uma comissão criada para fiscalizar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
13:35 – No Instagram, o compositor Caetano Veloso fez um vídeo em homenagem e Marielle.
13:21 – Veja imagens do carro em que Marielle foi morta.
13:10 – Quinta vereadora mais votada nas eleições do Rio em 2016, Marielle Franco estava cotada para ser vice na chapa com Tarcísio Motta ao governo do estado. Leia mais no Radar.
13:05 – “Quanto tempo vai demorar para surgir outra Marielle? Mulher de posições políticas claras. O seu lado era sempre o dos moradores do Complexo da Maré, o lado do preto, da mulher que cria os filhos sozinha. Ficava sempre com os que perdem direitos toda vez que fardados da polícia e do Exército entram matando geral.” Leia a coluna da jornalista e psicóloga Patrícia Zaidan, redatora-chefe da revista CLAUDIA.
13:00 – Cerca de três horas horas antes de ser assassinada, a vereadora fez uma transmissão ao vivo de um evento em que ressaltou o crescimento de crimes contra mulheres negras.
12:54 – O deputado estadual Marcelo Freixo, também do PSOL, vê indícios de execução, mas ressalta que nem parentes nem amigos tinham informações de que Marielle estivesse sofrendo ameaças.
12:24 – A atriz Camila Pitanga convocou seus seguidores do Twitter para participar dos atos do PSOL e publicou uma homenagem a Marielle Franco. https://twitter.com/CamilaPitanga/status/974283891296161794
12:17 – O PSOL convocou atos em diversos estados para cobrar autoridades e protestar contra a morte de mulheres e negros.
11:53 – Pelo Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) repudiou a morte de Marielle Franco. https://twitter.com/dilmabr/status/974260555958583296 11:44 – O crime repercutiu em diversos veículos internacionais. Jornais como The Guardian (Inglaterra) e The New York Times (Estados Unidos) destacaram as críticas da vereadora à intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
11:20 – No último sábado, Marielle protestou contra uma operação da Polícia Militar na Favela de Acari. https://www.facebook.com/MarielleFrancoPSOL/photos/a.220675428318057.1073741830.212989092420024/544774942574769/?type=3
11:16 – Pelas características do crime, a polícia trabalha com a hipótese de execução. O carro dos bandidos se aproximou do veículo que levava Marielle quando os disparos foram feitos. Eles fugiram sem levar nada.