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Insônia danifica região do cérebro ligada à emoção

De acordo com novo estudo, a relação pode justificar a sensação de tristeza após noites mal dormidas

Por Da Redação
6 abr 2016, 12h50

Não ter uma boa noite de sono danifica o cérebro. Principalmente as partes relacionadas à emoção e à consciência. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Radiology, essa pode ser a explicação para o motivo de você se sentir um pouco depressivo após uma noite de insônia.

Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, pesquisadores do Hospital Popular Provincial Guangdong No.2, na China, analisaram o cérebro de 23 pacientes com insônia “primária” (dificuldade em iniciar ou manter o sono e pela sensação de não ter um sono reparador) ou grave, que relataram problemas para dormir por pelo menos um mês. As imagens, que foram captadas por scanners cerebrais de alta tecnologia e mostraram a força das correntes eléctricas no cérebro, foram em seguida comparadas com as de 30 pessoas saudáveis.

Os resultados mostraram diferenças significativas na matéria branca – a “fiação”, que conecta as diferentes partes do cérebro – entre os dois grupos. As pessoas que sofriam insônia constante apresentaram sinais de danos na matéria branca do cérebro como um todo, mas as lesões mais severas estavam concentradas no hemisfério direito. Essa é justamente a região que tende a controlar a emoção. Foi observado também uma significativa redução na integridade da matéria branca presente no tálamo, área responsável por regular a consciência, o sono e o estado de alerta.

Os pesquisadores perceberam também que nestes pacientes o corpo caloso – seção que liga os dois hemisférios – não estava funcionando de forma eficaz. e que havia uma perda de mielina, camada protetora ao redor das fibras nervosas.

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“A reduzida [atividade] no corpo caloso pode estar relacionada com perturbações emocionais e do sono em pacientes com insônia primária. Isso significa que essa alteração pode estar relacionada ao humor deprimido nestes pacientes”, escreveram os autores.

A insônia é comumente associada com fadiga diurna, distúrbios de humor, comprometimento cognitivo e pode levar à depressão e à ansiedade. Isso porque a alteração constante do relógio biológico – mecanismo interno que sincroniza as funções corporais ao padrão de 24 horas de rotação da Terra – pode gerar problemas de saúde em longo prazo. Os resultados do novo estudo sugerem que uma explicação para isso: a alteração do relógio biológico impacta o cérebro negativamente.

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“A insônia é um distúrbio extremamente prevalente. No entanto, suas causas e consequências ainda são esquivas. Tratos de substância branca são feixes de axônios – ou fibras longas de células nervosas – que conectam uma parte do cérebro com a outro. Se esses tratos são prejudicados, a comunicação entre as regiões do cérebro é interrompida. ” , explicou Shumei Li, líder do estudo.

Como este foi apenas um estudo observacional, os autores afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar se os danos cerebrais são causa ou consequência da insônia.

(Da redação)

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