Mensaleiros seguem direto do aeroporto para a Papuda
Micro-ônibus levou Dirceu, Genoino, Valério e outros condenados para o presídio. Grupo de onze condenados se reúne pela primeira vez
Por Gabriel Castro, de Brasília
16 nov 2013, 19h18
Onze mensaleiros dormirão no presídio pela primeira vez neste sábado. O avião com José Dirceu, José Genoino, Marcos Valério e outros seis condenados pousou em Brasília às 17h47 e, depois de quase uma hora de indefinição, seguiu direto para o complexo penitenciário da Papuda. Um micro-ônibus da Polícia Federal conduziu os mensaleiros para o presídio. Outros dois criminosos, Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do PR) já estavam em Brasília, onde haviam se entregado.
Havia a expectativa de que o grupo seguisse para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, para só depois ser removido para o complexo prisional. Mas isso não ocorreu. Cerca de oitenta petistas se aglomeravam em frente à PF. A chegada de outro micro-ônibus causou alvoroço no local no fim do dia. Militantes do PT chegaram a agredir jornalistas com hastes de bandeiras durante o tumulto.
É provável que, até segunda-feira, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal decida se os condenados permanecerão no presídio ou serão transferidos para outras unidades. Alguns réus, como José Dirceu, querem ser removidos paras suas cidades.
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O ex-ministro José Dirceu, o deputado licenciado José Genoino, os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, os banqueiros Kátia Rabello e José Roberto Salgado, o ex-deputado Romeu Queiroz estão no grupo. Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PR, também estão presos.
A Polícia Federal não confirma se Kátia Rabello e Simone Vasconcelos foram deslocadas para outra unidade prisional – é comum que as mulheres sejam alocadas no presídio da Colmeia, a 40 quilômetros do centro de Brasília. Valério, Simone e Ramon cumprirão pena inicialmente no regime fechado. Aos demais, ao menos por enquanto, está destinado o regime semiaberto.
Henrique Pizzolato se mandou. Usou a rota Pedro Juan Cabellero, a exemplo dos traficantes de drogas e de armas, dos bandidos comuns. Faz sentido. Segundo ficou comprovado nos autos, o dinheiro a que ele recorreu para alimentar o mensalão era do Banco do Brasil, era público. Pizzolato tirou dos pobres mais do que que costumam tirar aqueles outros bandoleiros. Como diria Padre Vieira, seu crime é ainda mais covarde. Os outros, ao transgredir a lei, sabem que estão correndo riscos, inclusive de vida. Isso, obviamente, não minimiza a fealdade do seu crime, mas há, vamos reconhecer, alguma ousadia. Os que enfiam a mão no dinheiro público abusando do cargo que ocupam, da facilidade dos ambientes com ar refrigerado, com suas gravatas italianas – compradas, é bem provável, com a grana dos desdentados -, estes têm uma mácula adicional: a covardia física. Já que decidiram ser delinquentes, que, ao menos, o fizessem, para citar o padre, “debaixo de seu risco”… Mas quê…
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