Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Hormônio do stress pode indicar risco de depressão

Pesquisa descobriu que altos níveis de cortisol elevam em até catorze vezes chance de adolescentes apresentarem a doença

Por Da Redação
18 fev 2014, 09h32

O diagnóstico de depressão é feito somente com base nos sintomas clínicos de um paciente, que incluem tristeza na maior parte do dia e problemas relacionados ao sono e ao peso. Não existe um marcador biológico para a doença, isto é, alguma substância presente no organismo cuja medida detecte a condição.

Uma nova pesquisa britânica pode mudar esse quadro. Ela descobriu que altos níveis do cortisol, hormônio relacionado ao stress, podem indicar um risco grande de uma pessoa ter depressão. Segundo o estudo, uma alta concentração do hormônio somada a um conjunto de sintomas depressivos eleva o risco de um adolescente sofrer depressão em até catorze vezes em comparação com quem não apresenta nenhuma dessas características. “Esse novo marcador biológico sugere que nós poderemos oferecer uma abordagem mais personalizada para tratar um alto risco de depressão”, diz Matthew Ownes, professor e pesquisador da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, e um dos autores do estudo.

Leia também:

Tomografia pode indicar o melhor tratamento para cada paciente com depressão

Depressão altera relógio biológico em nível celular​

Continua após a publicidade

Participaram da pesquisa cerca de 1 800 adolescentes de 12 a 19 anos. Eles tiveram amostras de saliva recolhidas de três dias a uma semana para que os pesquisadores analisassem seus níveis de cortisol. Ao longo de um ano, esses participantes relataram se estavam sentindo algum sintoma associado à depressão.

Sintomas – Os adolescentes, então, foram divididos em quatro categorias de acordo com seus níveis de cortisol e com o número de sintomas depressivos que apresentavam. O primeiro grupo era formado por aqueles com níveis normais do hormônio e a menor quantidade de sintomas associados ao transtorno. Já no quarto grupo estavam os participantes com os maiores níveis de cortisol e que apresentavam mais sintomas depressivos.

De acordo com os resultados, o risco de os meninos serem diagnosticados com depressão ao longo de um a três anos foi catorze vezes maior entre aqueles do quarto grupo em comparação com os do primeiro. Entre as meninas, a probabilidade da doença foi quatro vezes superior entre as do grupo quatro. Essas conclusões foram publicadas nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

“O progresso na identificação de marcadores biológicos para a depressão tem sido frustrantemente lento, mas agora nós finalmente temos um biomarcador para a doença. A abordagem da nova pesquisa ainda pode render outros marcadores biológicos e também dá pistas interessantes sobre as diferenças de gênero relacionadas à depressão”, diz John Willians, chefe de neurociência e saúde mental da Wellcome Trust, fundação destinada à pesquisa na área da saúde humana e dos animais que financiou o novo estudo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.