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Primeiro comboio de civis deixa Mariupol, cidade cercada por tropas russas

Após coluna humanitária que se dirigia à região portuária ter que retornar no domingo, mais de 160 carros deixaram cidade nesta segunda

Por Caio Saad Atualizado em 14 mar 2022, 17h58 - Publicado em 14 mar 2022, 17h54

Mais de 160 carros deixaram  Mariupol nesta segunda-feira, 14, declararam autoridades locais, na primeira tentativa bem sucedida de retirada de civis por meio do corredor humanitário na cidade ucraniana.

A cidade portuária é alvo de bombardeios intensos desde que foi cercada por tropas russas, em 2 de março. Desde então, os cerca de 400.000 habitantes que continuavam em Mariupol sofrem com falta de acesso a água, alimentos e medicamentos.

“As pessoas encontraram maneiras de coletar água. A prefeitura distribui garrafas de água em alguns pontos, mas não é suficiente para cobrir (as necessidades). Muitos não têm água para beber”, descreveu na sexta-feira Sasha Volkov, chefe do escritório da Cruz Vermelha na região.

No domingo, uma coluna humanitária que se dirigia ao porto de Mariupol, no sul do país, teve que voltar, relatou a agência de notícias AFP, citando autoridades locais, porque russos “não pararam de atirar”.

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A Rússia acusa nacionalistas ucranianos de impedir a saída de civis de regiões combinadas, usando a população como ‘escudo humano’. As autoridades da cidade de Mariupol, por sua vez, disseram que a retirada de civis foi adiada porque militares russos não estariam respeitando a trégua.

Mesmo com avanços para retirada de civis feitos em rodadas de negociações entre Rússia e Ucrânia, muitas tentativas de retirada de civis fracassaram ao longo da semana e foram interrompidas por acusações de violações ao cessar-fogo. Em um pronunciamento no domingo, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que aproximadamente 125 mil pessoas já foram retiradas de áreas atingidas por ataques russos por meio dos corredores humanitários criados no país.

Mariupol tem sido uma das cidades mais visadas por forças de Moscou desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Em um vídeo transmitido em seu canal no Telegram Zelensky disse que as tropas russas “passaram dos limites” ao atacar a maternidade em Mariupol na última quarta-feira. Ao menos 17 pessoas teriam se ferido na tragédia, que o chefe de Estado classificou como uma “atrocidade”.

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Uma mulher grávida e seu bebê, que ficaram feridos durante o ataque, morreram no fim de semana. De acordo com agências internacionais, o bebê chegou a nascer por meio de uma cesariana no último sábado, porém os médicos disseram no mesmo dia que ambos vieram a óbito.

A Rússia negou que tenha atacado a maternidade e a porta-voz dos Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, chamou a situação de “terrorismo de informação”.

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De acordo com as Nações Unidas, ao menos 636 civis morreram na Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, e 1.125 ficaram feridos. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) prevê que, caso o conflito se estenda por mais tempo, o número total de refugiados pode chegar a mais de 4 milhões de pessoas, e o número de deslocados internos pode ultrapassar os 6,7 milhões. 

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