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Hong Kong sofre a maior queda populacional de todos os tempos

Especialistas afirmam que fenômeno é devido ao êxodo provocado pelas rígidas medidas contra a Covid-19 e à repressão de Pequim

Por Camille Mello
12 ago 2022, 11h18
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  • O Departamento de Censo e Estatística de Hong Kong informou na quinta-feira, 11, que a cidade registrou sua queda anual mais acentuada na população desde que o governo começou a rastrear os números em 1961. De acordo com os dados, a população total caiu de 7,41 milhões de pessoas para 7,29 milhões, um declínio de 1,6%.

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    Embora as autoridades chinesas atribuam o fenômeno a uma diminuição “natural” causada pela redução de nascimentos e aumento das mortes, especialistas apontam outros fatores que tiraram o brilho do centro financeiro, anunciado como “a metrópole global da Ásia”.

    Empresário e líderes do setor industrial afirmam que as pesadas restrições para o controle da Covid-19 na cidade afastaram moradores, viajantes e expatriados da região autônoma chinesa.

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    + Hong Kong exigirá uso de pulseira eletrônica em infectados pela Covid-19

    Enquanto o resto do mundo começava o movimento de reabertura pós-Covid, Hong Kong continuou fechando fronteiras, suspendendo rotas aéreas e impondo quarentenas obrigatórias e medidas de distanciamento social durante meses.

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    Cerca de 113.200 residentes deixaram Hong Kong no ano passado, em comparação com 89.200 no ano anterior, informou o órgão estatístico. Os números incluem expatriados e outros residentes não permanentes.

    O governo reconhece o êxodo mais acentuado, explicando que que alguns habitantes de Hong Kong podem ter escolhido se estabelecer em outro lugar durante a pandemia. Contudo, as autoridades chinesas minimizaram a queda da população sugerindo que a região ainda era um movimentado centro financeiro.

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    Recentemente, a cidade tem se esforçado para atrair antigos moradores e turistas suspendendo proibições de voos e reduzindo de sete para três dias o período de quarentena para viajantes.

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    Covid à parte, especialistas dizem que outro fator por trás do êxodo é a repressão política de Pequim à cidade.

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    + Jornal de Hong Kong encerra atividades após operação da China

    Após os protestos pró-democracia e antigoverno de Hong Kong em 2019, Pequim impôs uma lei de segurança nacional abrangente, sob a qual o governo praticamente eliminou organizações de oposição.

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    Desde que a lei foi introduzida, muitos ativistas, profissionais da imprensa e legisladores fugiram para o exterior, temendo ser processados pelo governo.

    A saída de opositores ao regime também foi facilitada quando países como Reino Unido, Austrália e Canadá abriram novas vias de visto para os cidadãos de Hong Kong. Muitos também se refugiaram na ilha democrática e autônoma de Taiwan.

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