Os maiores micos do esporte em 2016
Mentiras, brigas e medo de sair do país... confira os fatos mais bizarros que aconteceram no ano
O ano foi marcado pela Olimpíada do Rio, pela tragédia na queda do avião da Chapecoense e pelas mortes de personalidades como Muhammad Ali, Johan Cruyff, João Havelange e Carlos Alberto Torres. Mas algumas vergonhas alheias também ganharam destaque, sobretudo na Olimpíada, em agosto. Os maiores vexames esportivos do ano:
Ryan Lochte, o mentiroso
O atleta americano foi destaque na Rio-2016. Não por sua performance nas piscinas mas por uma tremenda confusão em que se meteu nas noitadas cariocas. Lochte e outros três nadadores dos EUA inventaram um roubo à mão armada para tentar acobertar uma noite de farra e bebedeira, que acabou na depredação de um posto de gasolina na Barra da Tijuca. Pela mentira, inclusive à polícia, Lochte foi suspenso pela federação de natação e perdeu todos seus patrocinadores.
O “caseiro” Del Nero
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, está confinado em casa – por necessidade ou medo? – e se recusa a fazer qualquer viagem para fora do Brasil desde maio de 2015, quando foi indiciado pelo FBI no caso de corrupção da Fifa, que pôs na cadeia vários cartolas do futebol mundial. Se sair do Brasil, há a chance de ser preso pela Interpol a pedido do governo americano, à frente das investigações. Esteve, muito discretamente, no velório das vítimas da tragédia da Chapecoense, em novembro, na Arena Condá.
O fiasco na Copa América
Na Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos, a seleção brasileira protagonizou um dos maiores vexames de sua história: foi eliminada na primeira fase da competição ao sofrer derrota para o Peru por 1 a 0. O Brasil só fez gol contra a fraca seleção do Haiti, na goleada por 7 a 1 – no primeiro jogo empatou em 0 a 0 contra o Equador. O Brasil não era eliminado na primeira fase desde 1987, e o vexame resultou na queda de Dunga.
Morte da onça Juma
O desfile da tocha olímpica, em Manaus, em junho, teve triste desfecho com a morte da onça Juma, animal frequentemente levado a eventos como símbolo da capital do Amazonas. Horas após a passagem da tocha, Juma teria se libertado das correntes e, “por medidas de seguranças”, segundo os militares responsáveis por cuidar do animal, foi abatida com uma arma de fogo. A organização da Rio-2016 admitiu a culpa pelo ocorrido.
Rebaixamento do Internacional
O vexame poderia ter sido menor, não fosse o papelão extracampo dos dirigentes e cartolas ligados ao Internacional. A diretoria tentou se livrar do rebaixamento no tapetão, solicitando ao STJD que tirasse pontos do concorrente Vitória. A CBF alegou que o Inter falsificou e-mails da entidade para convencer o tribunal a acatar a decisão. E mais duas infelicidades: o vice-presidente Fernando Carvalho comparou a tragédia aérea da Chapecoense com o rebaixamento – depois pediu desculpas – e o ex-presidente Fernando Miranda agrediu um jornalista ao vivo depois de discussão sobre o rebaixamento.
Piscina verde
A água de uma das piscinas do Parque Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, mudou de transparente para verde em poucas horas nos primeiros dias da Rio-2016. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos revelou que era culpa da proliferação inesperada de algas no local, problema agravado pela ausência de ventos na região. Depois, outra piscina começou a ficar com a água verde. Apesar da cor, as piscinas foram consideradas seguras.
Kit “antizika”
Antes de embarcar para a Olimpíada, a goleira da seleção americana de futebol, Hope Solo, irritou os brasileiros ao postar uma foto nas redes sociais de seu “kit contra o zika vírus”. Durante todas as partidas ela foi vaiada e não teve boas atuações – os EUA caíram nas quartas. Na primeira fase, Solo levou um frango no empate em 2 a 2 com a Colômbia. A torcida brasileira gritava “zika”, “zika”, “zika” sempre que ela tocava na bola.
Galvão sem noção
https://www.youtube.com/watch?v=9h6tvmntrjM
Galvão Bueno realmente ganhou a medalha de ouro das gafes da Rio-2016. Depois que Usain Bolt garantiu o topo do pódio em uma das provas do atletismo, Galvão pediu para que os convidados no estúdio se levantassem em respeito ao hino da Jamaica. Mas ele esqueceu que entre os convidados estava Fernando Fernandes, atleta paraolímpico que utiliza cadeira de rodas.
Vazamento no Itaquerão
Além de trazer dor de cabeça no lado financeiro ao Corinthians, o Itaquerão teve problemas estruturais. Em novembro, foi encontrado um vazamento de água no estacionamento, que poderia causar um deslizamento de terra com possibilidade de afetar a Radial Leste, uma das principais vias da região.
Tenista pouco profissional
O australiano Nick Kyrgios – atual bad boy do tênis – fez uma molecagem em partida contra o alemão Mischa Zverev, no Masters 1000 de Xangai, na China. Ele largou a partida e entregou pontos em vários lances do jogo. Não se esforçava para alcançar bolas e chegou a sacar “porbaxio’, num lance típico de iniciantes. Kyrgios foi punido em 52.000 reais pela atitude.
Fogo “amigo” no Botafogo
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, os jogadores do Botafogo Sassá e Airton se desentenderam após uma falta e trocaram empurrões e xingamentos. O juiz aplicou cartão amarelo à dupla. Airton recebeu assim o seu segundo cartão amarelo e foi expulso do jogo contra o Grêmio.
Briga bizarra na Nascar
Os pilotos americanos John Wes Townley e Spencer Gallagher, da Nascar, brigaram de forma bizarra na prova da Truck Series, em Madison, Illinois, em junho. A dupla se chocou no fim da corrida e com os carros parados teve início o momento de comédia: os dois se agarraram feito crianças, praticamente abraçados, e não conseguiram acertar um golpe sequer. A briga foi apartada pelos funcionários da corrida.