Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Peru vence e elimina o Brasil na primeira fase da Copa América Centenário

Por Da Redação
13 jun 2016, 07h35

A seleção brasileira não para de dar vexame. Neste domingo à noite, conseguiu a façanha de ser eliminada na primeira fase da Copa América Centenário, ao perder para o Peru por 1 a 0, em Foxborough, e ficar em humilhante terceiro lugar no Grupo B, com apenas quatro pontos. A desclassificação vai representar, com quase toda certeza, o fim do ciclo de Dunga no comando. A demissão deve ser confirmada nos próximos dias pelo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.

O técnico nas próximas rodadas das Eliminatórias e na Olimpíada será outro. Tite, do Corinthians, é cotado para assumir o cargo.

O jogo deste domingo foi mais uma página rasgada na história de uma seleção que um dia foi gloriosa. Uma seleção que numa Copa do Mundo em casa levou um 7 a 1 da Alemanha. E que nas duas últimas Copas América, a do ano passado sob o comando de Dunga, não passara das quartas de final. Mas contra o Peru deu para perceber que o fundo do poço ainda não havia chegado.

Dunga pagou o preço da indecisão, de não saber montar o time e de fazer opções erradas ao escalar e ao trocar a equipe. Não adianta reclamar dos seis cortes que foram feitos em relação à convocação inicial, aos problemas na preparação. Um time que só consegue ganhar do Haiti não tem desculpa.

Desde 1987 que o Brasil não saía na primeira fase de uma Copa América. Neste domingo, como se viu na eliminação nas quartas de final da Copa da África do Sul, em 2010, o que se viu foi um Dunga passivo, incrédulo na beira do campo. Ele não sabia o que fazer com o time, como mudá-lo. Aceitou sem reagir ao domínio peruano no segundo tempo.

Mais uma vez a seleção brasileira se complicou diante de um time estruturado. Fez uma primeira etapa até razoável, embora a falta de maior objetividade. Mas a segunda foi sofrível, e sofrida. A evolução tão decantada por Dunga e os jogadores não se acham em campo. A não ser contra adversários como o Haiti.

Continua após a publicidade

Antes do início da partida, foi observado um minuto de silêncio em respeito às vítimas do ataque a uma boate gay em Orlando. O atentado que deixou 50 mortes e 53 feridos teve como consequência um cuidado maior da segurança em relação a outros jogos. A revista às pessoas que acessaram o estádio foi mais rigorosa.

Com Casemiro suspenso, Dunga abriu mão da segurança que um volante marcador como Walace poderia representar e preferiu mandar a campo um time mais atrevido. Recuou Renato Augusto para ajudar Elias na função de volante e colocou Lucas Lima com a missão de armar o jogo. Enfim o camisa 10 da seleção começou uma partida, como muitos brasileiros desejavam. Dunga fez mais: trocou Jonas por Gabriel e, com isso, ganhou mais movimentação à frente.

Conservador, Dunga só foi na defesa, ao promover a volta de seu capitão, Miranda, no lugar no jovem Marquinhos. Fez um opção pela segurança. Não deu certo. O time até fez primeiro tempo razoável, mas pecou pela falta de objetividade.

Se no primeiro tempo o rendimento da seleção foi razoável, no segundo a equipe esteve irreconhecível. O time errava passes, marcava mal e dava espaço para o Peru, que foi para cima, animando a torcida, sempre disposta a apoiar.

Lucas Lima sumiu, Gabriel sumiu. O Brasil sumiu. O Peru passou a controlar o jogo. Dunga demorou para mexer e, quando o fez, errou ao colocar Hulk no time.

Continua após a publicidade

E o que se temia aconteceu. Aos 29 minutos, num contra-ataque, Ruidiaz, que havia entrado pouco antes, marcou o gol do Peru, num lance polêmico. Houve a impressão de que tocou para as redes com a mão. Mas após muita reclamação dos brasileiros e do juiz uruguaio Andres Cunha claramente consultar alguém que não estava em campo, confirmou o gol.

A consulta ao árbitro de vídeo ainda está em fase de testes autorizado pela International Board. Mas é usada em algumas competições. A Copa América não faz parte da relação e a Conmebol não confirmou se obteve autorização para usá-lo.

Mas nada serve de desculpa. Daí para frente, o que se viu foi um bando tentando empatar no desespero. Não daria mesmo certo. E Dunga se despede outra vez de maneira melancólica.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.