O que a Fiocruz fala dos casos de síndrome respiratória no país?
Mesmo com o ritmo desacelerado nas últimas semanas, relatório destaca que infecções vêm atingindo todas as faixas etárias
O fim do ano continuará com alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados por vírus como o da Covid-19 e da gripe, de acordo com o último Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira, 23.
Entretanto, o ritmo tem desacelerado nas últimas semanas, seguindo a queda observada no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba. O público adulto ainda é o mais afetado, mas o relatório destaca que infecções vêm atingindo todas as faixas etárias. O recuo tem sido principalmente na proporção de casos relacionados ao novo coronavírus, embora ainda em patamar elevado. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a Covid-19 representou 80,2% dos casos de SRAG no país, contra 94,8% do último balanço.
As informações, que têm como base o período entre 11 e 17 de dezembro, destacam ainda um crescimento do Vírus Sincicial Respiratório, que acomete crianças – de 0,5%, no levantamento anterior, para 8,3% no atual.
Na tendência de longo prazo, 20 das 27 unidades federativas observam aumento moderado, consistente com internações por Covid-19. Diante desse cenário, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, volta a pedir cautela e medidas de prevenção.
“Especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2”, afirmou.