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Dez maneiras de evitar a alergia respiratória

Evitar o acúmulo de poeira é uma das chaves para impedir o aparecimento de problemas como rinite alérgica e asma

Por Patricia Orlando
30 jun 2014, 09h33

As estações mais frias do ano podem aumentar o risco de problemas de saúde para algumas pessoas, especialmente o de complicações respiratórias, como a rinite e a asma. Nessa época, agentes que provocam alergia – e que são responsáveis por desencadear crises de rinite e de asma – permanecem suspensos no ar durante mais tempo devido ao clima seco. Também contribuem para o surgimento de crises alérgicas as mudanças climáticas bruscas, o aumento dos casos de gripe e resfriados e os ácaros que vêm de casacos e cobertores guardados há meses nos armários.

Dois em cada três brasileiros possuem algum tipo de alergia, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). O problema ocorre quando o corpo identifica como uma ameaça substâncias que, na verdade, não são causadoras de doenças. Ao atacá-las, o organismo gera um processo inflamatório que produz quantidades excessivas de anticorpos do tipo IgE. Com isso, são liberadas substâncias como a histamina, que provoca coceiras, espirros, falta de ar e outros sinais típicos de alergia.

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Causas – A tendência de uma pessoa a apresentar alergia se deve, em grande parte, ao fator genético. “Quando os pais de uma criança não são alérgicos, ela tem apenas 15% de risco de ter o problema. Já se pai e mãe têm alergia, essa porcentagem sobe para 70%”, diz Fabio Castro, médico alergista e imunologista e presidente da Asbai.

Apesar disso, algumas medidas podem diminuir o risco de crianças desenvolverem alergia ao longo da vida. Uma delas é garantir o aleitamento materno. Segundo Ciro Kirchenchtejn, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, trocar o leite materno pelo de vaca favorece a produção excessiva dos anticorpos IgE no bebê e, portanto, aumenta a propensão a reações alérgicas. O médico explica que evitar a exposição de crianças de até um ano a pelos de animais e outros agentes alérgenos também diminui a probabilidade de elas sofrerem problemas como asma e rinite.

Os agentes alérgenos podem ser vários. Os mais comuns são oriundos da poeira doméstica, que é constituída por terra trazida pelo vento e carregada pelos sapatos; pele morta que cai de pessoas e animais; fibras de tapetes; pelos de animais; esporos de fungos; e ácaros. O contato com esses elementos desencadeia o processo alérgico, que leva à coriza, tosse e os demais sintomas. “No caso de cheiros fortes, o que acontece é uma irritação na mucosa das vias áreas, que já estão danificadas por causa da alergia”, explica Rogério Gastal Xavier, pneumologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Normalmente, pessoas com alguma alergia descobrem que têm o problema somente após sofrerem os primeiros sintomas. O diagnóstico é principalmente clínico. No caso da asma, também é realizada a espirometria, exame que mede a quantidade de ar que o paciente é capaz de inspirar e expirar.

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Tratamento – É comum que pessoas recorram a descongestionantes nasais durante uma crise alérgica. No entanto, seu uso é aconselhado apenas se houver prescrição médica. O produto, apesar de ter alívio momentâneo, pode piorar os sintomas quando o seu efeito acaba. “O descongestionante é irritante para a mucosa nasal e pode afetar as células de defesa presentes no nariz”, diz Gastal Xavier. Além disso, ele agrava a rinite alérgica e cria dependência. Em caso de irritação e secreção nasal, a indicação é usar soro fisiológico, em quantidades moderadas.

A utilização dos anti-histamínicos é indicada para controlar e minimizar os sintomas da alergia. Também há a possibilidade de tratamento com vacinas, que consiste na aplicação do agente causador da alergia do indivíduo em doses crescentes por um período que pode variar de um a três anos. “A vacina ameniza o sintoma das alergias. Mas esse tratamento é pouco usado, já que leva anos para finalizá-lo”, explica Gastal Xavier.

Fontes: Rogério Gastal Xavier, pneumologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Fabio Castro, alergista e imunologista e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai); Ciro Kirchenchtejn, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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