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A revolução dos números

O uso intensivo de dados vai mudar a medicina ao permitir diagnósticos mais precisos e remédios mais acessíveis e desenvolvidos em menor tempo

Por Da Redação
4 nov 2012, 14h34

A próxima grande revolução da medicina não será nenhum remédio, vacina ou equipamento de ponta. O grande avanço nos próximos anos virá dos números e da tecnologia da informação, que vão ajudar a criar diagnósticos mais precisos, acelerar a produção de remédios e facilitar o compartilhamento de dados saúde.

Em Nova York, em outubro, a revista americana Wired reuniu em sua conferência de saúde Living by Numbers, especialistas de diferentes áreas como computação, genética e farmacêutica, tendo em vista uma mesma questão: como os números podem ajudar a medicina. O site de VEJA falou com quatro dos principais palestrantes: Craig Venter, um dos pais do Projeto Genoma; Stephen Wolfram, criador do site de buscas Wolfram Alpha; Eric Topol, diretor de medicina genômica do Scripps Health; e Gigi Hirsch, coordenadora do Centro de Inovação Biomédica do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Craig Venter: “Vamos fabricar vacinas em casa”

Eric Topol: “Médicos, aposentem os estetóscópios”

Stephen Wolfram: “Os algoritmos saberão o que fazer”

Gigi Hirsch: “Democratizar as informações é mais econômico”

Todos procuram desenhar sistemas mais inteligentes de coleta e disseminação de informações de saúde, mudando a interação entre médicos, pacientes e a indústria farmacêutica. Tanto para Topol como para Wolfram, os médicos do futuro vão usar aplicativos de computador muito mais que estetoscópios. “Eles terão a informação geral sobre um tipo de doença ou uma população para poder interpretar os dados e aconselhar sobre os melhores tratamentos”, diz Topol. Wolfram é ainda mais radical em sua fé nos números. “Há médicos que não fazem as perguntas corretas e, se as fazem, não conseguem transformá-las em diagnóstico preciso. Os algoritmos saberão o que fazer.”

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Gigi Hirsch, por sua vez, convenceu as gigantes da indústria farmacêutica a trocarem informações para acelerar o processo de fabricação de novos medicamentos. Seu projeto no MIT também inclui médicos, pacientes e órgãos de regulação. A intenção é criar processos de aprovação mais rápidos e também evitar que informações úteis sejam desperdiçadas. Se tudo der certo, remédios que hoje custam em média 800 milhões de dólares e levam mais de uma década para serem desenvolvidos poderão se tornar mais acessíveis e chegar antes ao público.

E Craig Venter defende o uso das novas impressoras 3D na fabricação de vacinas e medicamentos personalizados – o que poderia ter grande impacto no combate a epidemias. Ao transformar informação digital em biológica, Venter quer ajudar “a equilibrar as condições de saúde pública entre diversos países, amenizando as disparidades que se observam hoje.”

Se em alguns anos a vacina mais atualizada para a gripe da estação puder ser “baixada” em casa por apenas alguns reais, depois de um smartphone ter feito o diagnóstico graças aos algoritmos de um aplicativo, saberemos que a revolução foi bem sucedida.

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