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Interpol atende Argentina e emite alerta de prisão contra ministro do Irã

Ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, é procurado pelo atentando à bomba na Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, em julho de 1994

Por Paula Freitas Atualizado em 25 abr 2024, 08h17 - Publicado em 24 abr 2024, 18h40

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina disse nesta terça-feira, 24, que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) atendeu ao pedido argentino e emitiu alerta vermelho, quando o acusado é procurado por homicídio qualificado e danos, para a prisão do ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, pelo atentando a bomba na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, em julho de 1994. O ataque é considerado o mais mortal da história da Argentina, com 85 vítimas e centenas de feridos.

Em resposta, o porta-voz do ministério iraniano, Nasser Kanaani, disse que se trata de uma “medida desajeitada, desprovida de qualquer base legal e judicial”, de forma a impedir o “curso da investigação para descobrir a verdade”. Ele também “condenou veementemente a reiteração de pedidos ilegais baseados em mentiras” e destacou que o Irã “apoia que se faça justiça e que se persiga aqueles que, destruindo documentos, causaram sérias irregularidades no desenvolvimento do caso AMIA e que evitaram um castigo por esse incidente”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, elogiou nesta quarta-feira a solicitação vinda de Buenos Aires e agradeceu ao presidente da Argentina, Javier Milei, e sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, pela luta na “emissão de uma ordem de prisão pelo ataque contra a comunidade judaica”.

“Um pedido que fortalece as comunidades judaicas e as famílias das vítimas e envia uma mensagem clara: o mundo livre está determinado a deter o regime terrorista iraniano e (o seu líder supremo, o aiatolá Ali) Khamenei”, escreveu no X, antigo Twitter.

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Caso AMIA

O aviso da Interpol ocorre quase duas semanas após o veredito Câmara Federal de Cassação Penal da Argentina, o mais alto tribunal criminal do país, que culpabilizou o Irã pelo ato terrorista. A deliberação também atribuiu o ataque contra a Embaixada de Israel na Argentina, em 1992, que deixou 22 mortos, ao país do Oriente Médio.

“Foi mais uma das ameaças concretas e projetadas no futuro contra o Ocidente, estrategicamente concebida para impedir a sua ‘integração’, destruir a sua moralidade e minar a sua resiliência na conservação dos valores judaico-cristãos e democráticos fundacionais como a igualdade perante o direito, respeito às diferenças, laicidade, liberdade de consciência e expressão, entre outros”, afirmou o texto da decisão.

Segundo a decisão dos juízes, os episódios procuravam cumprir “um desígnio político e estratégico” do Irã. A acusação contra Teerã, que nega a participação, é antiga. Embora a Interpol já tenha emitido mandados de prisão, o Irã impede a extradição dos culpados para a Argentina. Ao todo, sete iranianos e libaneses estão na lista vermelha da Interpol por participação no atentado.

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