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Tiro matou dançarino Douglas Rafael da Silva, o DG

Laudo do IML aponta perfuração do pulmão causada por arma de fogo. Polícia Militar e perícia realizada no local negavam existência de perfuração no corpo

Por Da Redação
23 abr 2014, 12h26

O dançarino Douglas Rafael da Silva, o DG, de 26 anos, foi morto por um disparo de arma de fogo. Apesar da versão da Polícia Militar e do resultado da primeira perícia, que indicavam uma queda como causa da morte, o laudo do Instituto Médico Legal registra lesão no pulmão por ação “pérfuro contundente” – o ferimento causado por projéteis de armas de fogo. A morte de DG, que era dançarino do programa Esquenta, da Rede Globo, motivou um protesto que interditou ruas de Copacabana e de Ipanema. O corpo do rapaz foi encontrado dentro de uma escola da favela Pavão-Pavãozinho, onde morava.

Policiais civis ouvidos pelo site de VEJA afirmaram, ainda, que o tipo de ferimento encontrado indica possivelmente disparo de fuzil, pois houve dilaceração do pulmão. O RJ TV, da Rede Globo, afirmou ter tido acesso a informações da Polícia Civil de que o disparo atingiu DG nas costas, atravessou o tórax e saiu pelo peito, de baixo para cima. Uma fonte ouvida pelo telejornal apresentou a versão de que DG teria sido baleado quando tentava saltar de uma laje para outra, e, por isso, caiu de uma altura de cerca de dez metros.

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A Polícia Militar confirmou que houve confronto na noite de terça-feira, mas para a corporação “ainda não há comprovação de ligação entre os dois episódios”. A Polícia Civil realizou no início da manhã desta quarta-feira, 23, uma perícia na sede da Unidade de Polícia Pacificadora do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, Zona Sul do Rio, que foi atacada ontem à noite por manifestantes revoltados com a morte de Douglas.

O prédio da UPP não tem janelas danificadas, mas o toldo foi destruído durante o protesto. Próximo à UPP, ainda há três carros danificados. Dois tiveram vidros quebrados por tiros e um foi completamente incendiado.

“Trabalho como camelô e uso meu carro para guardar mercadorias. O vidro traseiro foi perfurado por uma bala disparada pela polícia. Eu estava aqui na hora e vi tudo. Não tinha traficante nenhum na rua”, disse o dono de um Gol, que não quis se identificar.

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Na parte alta da favela, ainda há muito entulho, usado como barricada durante a manifestação, espalhado pelas ruas. Algumas caçambas de lixo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana foram incendiadas. Não há mais fogo, mas ainda sai fumaça delas. Na Estrada do Cantagalo, uma caçamba ainda está no meio da rua atrapalhando o tráfego de veículos até a parte mais alta.

PMs do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque continuam reforçando o patrulhamento na favela, que possui uma UPP desde dezembro de 2009.

(Com Estadão Conteúdo)

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