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‘Pare com a politização do vírus’, diz China em resposta a Trump

Em discurso na Assembleia-Geral na terça-feira 22, presidente americano acusou Pequim de deixar a ‘praga’ da Covid-19 se espalhar pelo mundo

Por Da Redação
23 set 2020, 19h39

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou nesta quarta-feira, 23, um comunicado em que repudia o discurso de terça-feira 22 do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, no qual o americano responsabilizou os chineses pela pandemia da Covid-19.

“Lamentavelmente, os Estados Unidos desconsiderarem os fatos e inventarem mentiras. Impulsionado por motivos políticos obscuros, [Trump] usou o palanque das Nações Unidas para fazer acusações infundadas”, destacou o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, no comunicado. “A China se opõe firmemente a essas manchas. Tais atos mostraram novamente que o unilateralismo e o bullying são as maiores ameaças ao mundo”, acrescentou.

Apesar de sucinta, a fala de tons eleitorais do presidente americano na ONU foi densamente focada na enumeração de seus feitos na Presidência e em ataques diretos contra a China. Ele chamou a China de “a nação que deixou livre essa praga sobre o mundo”, além de repetir o termo “vírus chinês” para se referir ao SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

Trump ainda alegou que Pequim “controla” a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma tese a qual ele defende desde abril pelo menos.

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“O governo chinês e a Organização Mundial de Saúde, que é virtualmente controlada pela China, falsamente declarou que não havia evidências sobre transmissão entre humanos. Depois, falsamente disseram que pessoas assintomáticas não transmitiam a doença. A ONU precisa responsabilizar a China por suas ações”, disse.

Em respeito à lentidão do governo chinês em cooperar com a OMS durante o início da pandemia, o presidente americano acusou os chineses de “falsamente declarar” que não havia evidências sobre transmissão entre humanos e, depois, que pessoas assintomáticas não transmitiam a doença.

No comunicado desta terça-feira, o porta-voz chinês desmentiu essas acusações dos Estados Unidos, afirmando que relatou à comunidade internacional cada uma de suas descobertas sobre a Covid-19 “o mais rápido possível”.

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“O que os Estados Unidos precisam fazer agora é parar a manipulação política, parar de rotular ou politizar o vírus e se juntar ao resto da comunidade internacional nessa luta comum, em vez de bode expiatório ou difamar os outros”, concluiu Wenbin.

Todos os discursos de líderes mundiais previstos para esta 75ª Assembleia-Geral serão virtuais e pré-gravados com dias de antecedência, com a sede das Nações Unidas parcialmente vazia. Nas próximas semanas, a ONU organizará várias reuniões temáticas virtuais sobre a Covid-19, a luta contra a mudança climática, o Líbano, Líbia, a biodiversidade, entre outros temas.

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O discurso de Trump, gravado na Casa Branca na segunda-feira 21 e apresentado virtualmente, teve cerca de sete minutos, quando o tempo recomendado pela organização era de cerca de 15. O líder americano foi precedido pelo presidente Jair Bolsonaro, que alegou que o Brasil é “vítima de campanha de desinformação sobre a Amazônia“. Desde 1955, é tradição que o mandatário brasileiro abra os discursos das lideranças.

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