O juiz argentino Claudio Bonadio deu por concluída nesta quarta-feira a investigação do caso que investigava a ex-presidente Cristina Kirchner por fraude ao Estado por meio da venda de contratos futuros de dólar pelo Banco Central. O processo segue agora para o promotor Eduardo Taiano, que deverá decidir se pede que o caso, pela qual também foram indiciados outros ex-funcionários do Executivo de Cristina, passe ou não a debate oral e público.
Em meados do mês passado, a ex-chefe de Estado manifestou vontade de querer ser julgada o quanto antes para provar sua inocência. Em 29 de novembro, Cristina se apresentou à Justiça para registrar as impressões digitais e realizar outros trâmites da investigação por irregularidades em operações do Banco Central durante seu governo.
O caso afeta quinze acusados e começou por uma denúncia feita em 2015 por legisladores do então opositor e atual governante Mudemos. A investigação aponta que, da diferença entre o preço pactuado e o do mercado da venda de dólares a futuro, foram registradas perdas milionárias para o BC argentino.
Bonadio indiciou a ex-presidente e determinou o bloqueio de seus bens em 15 milhões de pesos (pouco mais de 3 milhões de reais), ao considerar que nessas operações houve “administração infiel em prejuízo da administração pública”. Ambas as medidas foram apeladas pela ex-presidente e demais envolvidos, mas a Câmara Federal de Buenos Aires as ratificou em 11 de novembro.
(Com EFE)