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Israelenses de extrema-direita marcham em Jerusalém Oriental

Manifestação pode reacender conflitos entre Israel e Palestina

Por Da Redação 15 jun 2021, 16h16

Milhares de israelenses de extrema direita marcharam em uma procissão com bandeiras por Jerusalém Oriental nesta terça-feira, 16, um evento que trouxe o risco de reacender as tensões com os palestinos e representou um desafio inicial para o novo governo de Israel.

No mês passado, confrontos entre israelenses e palestinos na Jerusalém contestada ajudaram a desencadear 11 dias de combates na fronteira entre Israel e o Hamas.

Nesta terça-feira, a polícia israelense, com equipamento anti-motim e a cavalo, isolou áreas que levavam ao portão de Damasco, que fica na Cidade Velha, limpando a área dos palestinos.

Dançando e cantando “o povo de Israel vive”, a multidão de judeus, em sua maioria religiosos, carregando bandeiras israelenses azuis e brancas, encheu a praça em frente ao portão, geralmente um ponto de encontro social popular para os palestinos.

“Dê uma boa olhada em nossa bandeira. Viva e sofra”, gritou um manifestante com um megafone para os mercadores palestinos do outro lado das barreiras policiais erguidas em uma rua de Jerusalém Oriental.

A polícia deve impedir que os manifestantes passem pelo Portão de Damasco, a principal entrada do bairro muçulmano da Cidade Velha, que também abriga santuários sagrados para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. Em vez disso, eles devem tomar uma rota periférica para o sagrado Muro Ocidental do Judaísmo.

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Considerando a marcha como uma “provocação”, os palestinos convocaram os protestos do “Dia da Fúria” em Gaza e na Cisjordânia ocupada por Israel, com memórias ainda frescas de confrontos entre a polícia israelense e palestinos durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã.

“Advertimos sobre as repercussões perigosas que podem resultar da intenção da potência ocupante de permitir que israelenses extremistas realizem a Marcha das Bandeiras em Jerusalém ocupada”, disse o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh.

Antes de os manifestantes chegarem ao Portão de Damasco, milhares de palestinos se reuniram nas proximidades e pelo menos 17 ficaram feridos em confrontos com a polícia israelense, disse o serviço de ambulância do Crescente Vermelho Palestino.

Horas antes do início do evento, balões incendiários lançados de Gaza causaram vários incêndios em campos em comunidades israelenses perto da fronteira com o enclave palestino, disseram testemunhas e o corpo de bombeiros israelense.

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Esses incidentes pararam com o cessar-fogo que encerrou a luta entre Israel e Gaza no mês passado.

O Hamas alertou sobre novas hostilidades durante a marcha, testando a coragem do novo governo israelense de Naftali Bennett, que aprovou a procissão ao longo de uma rota corrigida que parecia projetada para evitar atritos com os palestinos.

Bennett lidera um partido de extrema direita, e desviar a procissão poderia enfurecer membros de sua base religiosa e expô-lo a acusações de que estava dando ao Hamas poder de veto sobre os eventos em Jerusalém.

Os diplomatas pediram moderação por todos os lados.

“As tensões estão aumentando novamente em Jerusalém em um momento muito frágil e sensível de segurança e política, quando a ONU e o Egito estão ativamente engajados na solidificação do cessar-fogo”, disse Tor Wennesland, enviado da ONU para o Oriente Médio, no Twitter.

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Ele exortou todas as partes a “agirem com responsabilidade e evitarem quaisquer provocações que possam levar a outra rodada de confronto”.

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