Furacão Ian: Número de mortos sobe a 85 em meio a críticas às autoridades
Número deve subir com seguimento das buscas; Autoridades da Flórida são questionadas por atrasos em ordens de evacuação
O número de mortos pelo furacão Ian chegou a 85 nesta segunda-feira, 3, e habitantes da Flórida e das Carolinas do Norte e Sul começam a se deparar com a segunda parte do problema – o custo da destruição. Enquanto isso, algumas autoridades enfrentam críticas por um suporto atraso em sua resposta à tempestade.
O número de mortos deve continuar aumentando à medida que as enchentes diminuem e as equipes de busca avançam. Centenas de pessoas foram resgatadas por equipes de emergência, que continuam vasculhando casas e prédios inundados.
Pelo menos 85 mortes relacionadas à tempestade foram confirmadas desde que o furacão Ian chegou à costa do Golfo da Flórida na quarta-feira 28, como um furacão de categoria 4 com ventos de até 240 km/h.
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Todas as mortes, exceto quatro, ocorreram na Flórida e metade delas foi concentrada no condado de Lee, que sofreu o maior impacto da tempestade quando ela atingiu o continente. As outras mortes foram distribuídas entre quatro condados vizinhos.
Agora, as autoridades do condado de Lee, estão sendo questionadas sobre a velocidade de sua resposta à tempestade. Cecil Pendergrass, presidente do conselho de comissários do condado, se defendeu no domingo, dizendo que assim que ficou claro que o condado estava na rota do centro do furacão, foram emitidas ordens de evacuação. Mesmo assim, algumas pessoas optaram por enfrentar a tempestade, disse Pendergrass.
“Respeito as escolhas delas”, disse ele em entrevista coletiva. “Mas tenho certeza de que muitos deles se arrependem agora.”
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, vão visitar a Flórida nesta quarta-feira, 5. Nesta segunda, os Bidens irão a Porto Rico, onde centenas de milhares de pessoas continuam sem energia duas semanas depois que o furacão Fiona atingiu a ilha.
Cuba, por onde o furacão Ian passou primeiro, também ainda está restaurando a energia depois de um apagão generalizado. Depois de se mover da ilha para a Flórida e Carolina do Sul, o furacão virou um ciclone pós-tropical cada vez mais fraco.
À medida que o alcance total da devastação se torna mais claro, autoridades disseram que os danos mais pesados foram infligidos por ondas do mar impulsionadas pelo vento, que destruíram construções à beira-mar.
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No domingo 2, mais de 700.000 empresas e residências continuavam sem energia na Flórida, onde mais de dois milhões de clientes ficaram sem eletricidade na primeira noite da tempestade.
As seguradoras do estado disseram estar se preparando para sinistros entre US$ 28 bilhões e US$ 47 bilhões, configurando a tempestade mais cara na Flórida desde o furacão Andrew em 1992, de acordo com a empresa norte-americana de dados e análises de propriedades CoreLogic.