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Biden nomeia equipe de alto escalão diversa e feminina para Casa Branca

Segundo CNN, 46% dos integrantes não se identificam como brancos e 52% são mulheres; Trump continua esforços para impedir transição de governo

Por Da Redação
Atualizado em 17 nov 2020, 19h38 - Publicado em 17 nov 2020, 16h12

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou alguns dos membros de alto escalão de sua equipe da Casa Branca nesta terça-feira, 17. Escolhendo muitas figuras já ligadas à sua campanha eleitoral, o democrata prepara-se para tomar posse no dia 20 de janeiro, apesar da tentativa de Donald Trump de contestar os resultados da eleição.

Os nomes do novo governo incluem Jen O’Malley Dillon, gerente de campanha de Biden, que atuará como vice-chefe de gabinete. Ela foi a a primeira mulher a liderar uma candidatura presidencial democrata vencedora, atuando para reconquistar os estados do meio-oeste, como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, que Trump venceu em 2016. Enquanto isso, seu estrategista-chefe, Mike Donilon, será conselheiro sênior. O presidente da campanha de Biden, Steve Ricchetti, será conselheiro.

Após especulações, confirmou-se que o deputado Cedric Richmond, co-presidente nacional da campanha de Biden, deixará o Congresso para ser conselheiro sênior e diretor do Escritório de Engajamento Público da Casa Branca. O ex-presidente do Congressional Black Caucus, grupo político que representa afro-americanos, é um dos principais apoiadores negros de Biden.

A ex-professora de direito da Universidade da Carolina do Norte, Dana Remus, será advogada da Casa Branca. Além de ter participado da campanha presidencial do democrata, ela foi vice-conselheira do governo de Barack Obama e depois integrante do conselho jurídico da Fundação Obama.

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Julie Rodriguez, principal assessora da campanha da vice-presidente Kamala Harris durante as primárias, será chefe do escritório de assuntos intergovernamentais da Casa Branca, articulando-se com as administrações estaduais e municipais. Filha do líder trabalhista Cesar Chavez, ela já havia trabalhado com Harris no Senado.

Enquanto isso, a equipe da nova primeira-dama, Jill Biden, vai contar com a ex-embaixadora dos Estados Unidos no Uruguai, Julissa Reynoso Pantaleon, que será a chefe de seu gabinete. Anthony Bernal, que atuou como chefe de gabinete de Jill durante a campanha, foi nomeado conselheiro sênior.

“[Os nomeados] demonstram o compromisso do presidente eleito Biden em construir um governo que se pareça com os Estados Unidos, que tenha grande experiência no governo e que estará pronto para ajudar a entregar resultados para as famílias trabalhadoras já no primeiro dia”, disse o governo de transição, em comunicado.

“O país enfrenta grandes desafios e eles trazem perspectivas diversas e um compromisso compartilhado para enfrentar esses desafios e emergir do outro lado uma nação mais forte e unida”, completou.

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Segundo a emissora americana CNN, 46% da equipe do presidente eleito não se identifica como branca. Além disso, 52% dos integrantes são mulheres. A composição mostra um aceno de Biden à diversidade e à mudança demográfica nos Estados Unidos, assim como à base eleitoral do Partido Democrata, majoritariamente feminina e integrada por minorias raciais – tendência já evidente pela nomeação de Harris, primeira vice-presidente negra do país.

Por outro lado, a equipe tem poucos políticos notoriamente progressistas, segundo a emissora americana NBC, sugerindo que o novo presidente pretende governar de maneira mais cautelosa e tradicional do que alguns membros da ala mais à esquerda do partido gostariam. Por exemplo, progressistas criticaram a escolha de Steve Ricchetti devido ao seu trabalho anterior como lobista da área de saúde, com ex-clientes como as farmacêuticas Eli Lilly, Pfizer e Novartis.

Biden já havia nomeado o político Ron Klain como seu chefe de gabinete e deve fazer mais anúncios sobre a equipe nas próximas semanas, segundo o jornal The Wall Street Journal, apesar do impasse com o governo atual. A Administração de Serviços Gerais, órgão da Casa Branca responsável por oficializar a transição, recusou-se a reconhecer a vitória do democrata e liberar 6 milhões de dólares em recursos para sua equipe.

Trump alega que venceu a eleição, fazendo anúncios pelo Twitter, e contestou o resultado da eleição juridicamente. A advogada Dana Remus montou uma equipe para refutar as ações legais, mas vários dos processos do republicano já foram rejeitados pelos tribunais estaduais, já que não há evidências de fraude eleitoral.

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Sem a averiguação da Casa Branca, Biden não pode receber as mesmas informações de inteligência que o presidente. O presidente eleito também afirmou que o atraso na transição de governo pode prejudicar a resposta federal à pandemia do novo coronavírus. “Mais pessoas podem morrer se não coordenarmos”, disse, durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira 16.

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