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Com Trump distraído pelas eleições, pandemia se agrava nos EUA

Nos últimos 9 dias, houve 7 novos recordes de casos diários de Covid-19; vácuo de poder e obstrução da transição prejudicam resposta

Por Da Redação
13 nov 2020, 18h18

Os Estados Unidos bateram novamente o recorde de casos diários do novo coronavírus, registrando mais de 153.000 infecções na quinta-feira 12. Nos últimos nove dias, foram registrados sete novos recordes. Líderes democratas do Congresso e profissionais da saúde associaram o pico de contágio à negligência do presidente Donald Trump, focado em contestar os resultados da eleição presidencial.

Segundo o jornal americano The Washington Post, a alta nas infecções é resultado de pequenas reuniões dentro de residências, como jantares. A situação é mais preocupante que no início do ano, dado que as hospitalizações ultrapassaram pela primeira vez a marca de 60.000 e o número de mortes é o mais alto desde maio.

Em alguns estados, profissionais da saúde contaminados, mas assintomáticos, foram convocados para o trabalho. Em outros, médicos planejam selecionar quem deve receber tratamento. Especialistas avaliam que a a situação “catastrófica” tem raízes na retórica de minimização do problema espalhada pelo governo federal, que teria impedido governos locais de imporem regras mais rígidas.

Ao todo, o país soma 10,5 milhões de casos confirmados e 248.000 mortes – 20% dos números globais, em ambos os casos.

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Na quinta-feira 12, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disseram que a situação está mais grave devido ao vácuo de liderança deixado por Trump.

Durante o ano inteiro, o republicano prometeu que a pandemia estava sob controle, ou que desapareceria “logo”, mas agora nem toca mais no assunto. Isolado na Casa Branca desde o resultado eleitoral do sábado 7, Trump está dedicado à batalha jurídica para contestar a vitória de Joe Biden. A pandemia não faz parte nem da série de tuítes que o presidente publica religiosamente, acusando fraude eleitoral, sem provas.

Desde que a capital Washington, D.C., ficou paralisada nos últimos 10 dias pela ausência da transição de governo, 1 milhão de pessoas foram diagnosticadas com Covid-19, enquanto o número de mortes aumentou rapidamente.

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Os democratas do Congresso acusaram os republicanos de se recusarem a enfrentar a pandemia, enquanto respaldam as acusações infundadas do líder do partido. Os republicanos rejeitaram os ataques e Trump não opinou – seus únicos comentários públicos foram as reiteradas alegações de fraude pelo Twitter.

O pico de casos está revertendo ou interrompendo planos de reabertura em nível estadual. A prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, emitiu um comunicado pedindo para a população ficar em casa e cancelar os planos do feriado de Ação de Graças, quando famílias geralmente se reúnem. O estado de Maryland recentemente impôs novas restrições e outros estados sinalizaram que podem seguir o mesmo caminho.

Além disso, 18 estados, a maioria deles no meio-oeste, relataram números recordes de hospitalizações. Iowa, Wisconsin, Illinois, Michigan e Pensilvânia são alguns deles.

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A obstrução da transição de governo pode prejudicar ainda mais a resposta do governo federal à pandemia, segundo o Post, porque priva Biden e sua equipe de recursos que poderiam ser usados na construção de um plano a ser colocado em prática rapidamente em janeiro.

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