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Argentina amplia toque de recolher e fecha escolas para frear Covid-19

O presidente Alberto Fernández fez anúncio em rede nacional de TV e rádio na quarta à noite e teve como respostas protestos durante a madrugada

Por Da Redação Atualizado em 15 abr 2021, 12h19 - Publicado em 15 abr 2021, 10h43
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  • O presidente da Argentina, Alberto Fernández, ampliou o horário do toque de recolher no país, anunciado há uma semana, e suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais nas escolas, até 30 de abril, para evitar a saturação de doentes com Covid-19 nos hospitais.

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    “O que tentamos na semana passada foi pouco. Todo o esforço que fizemos até aqui parece insuficiente à luz de como aumentam os contágios na Argentina. Por isso, decidi que entre as 20h e as 6h ninguém poderá circular pelas ruas”, disse Fernández, em rede nacional de rádio e TV, na quarta-feira à noite.

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    Há uma semana, Fernández tinha anunciado um toque de recolher entre a meia-noite e as seis da manhã. Além disso, havia determinado que bares e restaurantes só funcionassem até as 23h, horário que também diminuiu em quatro horas. “Todas as atividades comerciais só poderão ocorrer entre as 9h e as 19h. As atividades gastronômicas ficarão fechadas em horário noturno. Também suspendi todas as atividades recreativas, sociais, culturais, desportivas e religiosas em lugares fechados”, disse o presidente, incluindo na lista aquilo que o governo prometera que seria a última atividade a ser fechada: as escolas.

    “Todas essas medidas incluem a suspensão de aulas, durante duas semanas, a partir de segunda-feira [19]. Alunos e professores não irão à escola. A educação será virtual, à distância. As demais medidas começaram a valer a partir da zero hora de sexta-feira e vão até o dia 30 de abril”, afirmou, acrescentando que as medidas visam dois objetivos: “Não interromper a campanha de vacinação e evitar que o sistema de saúde fique saturado”.

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    Várias clínicas do sistema de saúde privado, onde 70% dos argentinos são atendidos, estão próximas da saturação, especialmente na área metropolitana de Buenos Aires. No sistema de saúde público, a ocupação de leitos de cuidados intensivos está em 70%. “Há um mês, tínhamos 45.498 casos de contágios. Na semana passada, 122.468 casos. Nesta semana, o número será maior. Isso significa que multiplicamos por mais de duas a quantidade de contágios em apenas um mês.”

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    As medidas são destinadas à área metropolitana de Buenos Aires que abrange a capital argentina, onde vivem 3 milhões de habitantes, além de mais dez distritos com 13 milhões de pessoas. Logo após o anúncio das medidas, milhares de pessoas começaram um forte panelaço de protesto na maioria dos bairros de Buenos Aires. Primeiro pelas janelas, depois, pelas ruas. Em frente à residência presidencial, milhares de pessoas protestaram.

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    No ano passado, a Argentina manteve a mais prolongada quarentena do mundo, com 233 dias de isolamento, que provocou milhares de falências e uma queda de 10% no Produto Interno Bruto (PIB). Em apenas um ano, a pandemia já deixou na Argentina quase o dobro de mortos: 58.542. Só nas últimas 24 horas foram registrados 368 óbitos. Com 45 milhões de habitantes, o número de casos chega a 2,604 milhões, com 25.157 novos casos nas últimas 24 horas.

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    (Com Agência Brasil)

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