Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Chef Jefferson Rueda, da Casa do Porco, em SP: ‘Todo dia parece sábado’

Criador de restaurante badalado fala sobre seu estabelecimento ser o único brasileiro a figurar em uma lista internacional dos cinquenta melhores do planeta

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jul 2019, 16h41 - Publicado em 5 jul 2019, 06h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nos picos de movimento, os clientes podem esperar até três horas por uma mesa na Casa do Porco. A fila aumentou depois que a casa apareceu na 39ª posição da lista The World’s 50 Best Restaurants? No fim de semana seguinte à concessão do prêmio, a fila chegou a seis horas de espera. As pessoas tomavam drinques e comiam pipoca de porco. Minha vontade era sair beijando e abraçando todo mundo na fila. Todo dia parece sábado, graças a Deus. Também houve outro prêmio.

    Publicidade

    Qual foi ele? Na semana passada, conseguimos duas estrelas da premiação Sustainable Restaurant Award, espécie de guia Michelin da sustentabilidade. Os restaurantes podem ter de uma a três estrelas. Os jurados analisam critérios como valorização de ingredientes locais e sazonais, redução e reciclagem de lixo e bom ambiente de trabalho. A cadeia produtiva é uma enorme preocupação. Junto com um sócio, crio todos os porcos consumidos na casa. São abatidos de trinta a quarenta por semana, a depender do tamanho. Usamos todas as partes, não há desperdício.

    Publicidade

    Países como Peru e Vietnã recebem muitos turistas gastronômicos. O Brasil tem capacidade de gerar receita fazendo o mesmo? Somos um celeiro de grandes cozinheiros. Nosso país é enorme, tem muito potencial para explorar melhor a cozinha regional e sua variedade de ingredientes. Nós, profissionais da culinária, temos de nos unir e receber apoio das entidades oficiais para criarmos rotas específicas gastronômicas. Eu e minha mulher (a chef Janai­na Rueda), quando viajamos, não entramos em museu (risos), mas visitamos muitos restaurantes. Somos a prova de que o turista traz receita: 70% dos clientes da Casa do Porco vêm de fora de São Paulo, seja de alguma cidade vizinha, seja de outro país.

    Dá para fazer de tudo com o porco? Sim, do coquetel à sobremesa. Para comê-lo cru, é preciso que o abate se dê em frigorífico e com inspeção sanitária perfeita. Depois entram as técnicas de cozimento. Aliás, não existe carne de primeira ou de segunda, cabe ao cozinheiro identificar como ela deve ser preparada. O lombo grelhado fica seco, já na versão tartare se torna suculento.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Depois do sushi de papada de porco, da parmigiana de ragu de porco caipira e do quibe de porco maturado, qual será a próxima invenção? Faremos mudanças no cardápio do restaurante em outubro. O menu terá influências de viagens que fiz para a Turquia e Portugal. Me aguardem!

    Publicado em VEJA de 10 de julho de 2019, edição nº 2642

    Publicidade
    Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
    Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.