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Além da pizza e da feijoada: por que o hambúrguer virou paixão nacional

Pesquisa mostra que pão brioche, carne bovina e quejo cheddar são favoritos, mas versões personalizadas, autênticas e vegetarianas crescem no gosto popular

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 Maio 2023, 19h47 - Publicado em 26 Maio 2023, 16h59

Ao pensar em hambúrguer, logo se imagina uma tradição vinda dos Estados Unidos. Muito antes dos americanos, porém, os povos antigos da Ásia Ocidental já consumiam carne amassada dentro de um pão, ambos com formato redondo, por ser mais prático para alimentar as tropas em guerra. De qualquer forma, é fato que o hambúrguer como conhecemos foi popularizado nos EUA, e ao se espalhar mundo afora, virou uma das grandes paixões gastronômicas globais, ganhando inúmeras e deliciosas versões feitas com diversos tipos de pães, carnes, queijos, molhos e afins, e ganhou até um dia Mundial para chamar de seu: 28 de maio – celebrado, aliás, no próximo domingo.

“Hambúrguer foi feito para ser divertido e descomplicado. Comecei pelo x-salada, que é a minha paixão, e trouxe a tendência dos smashes e dos sanduíches de frango empanados”, diz Eduardo Perrone, hamburgueiro e sócio da Meat Dowtown Burgers, casa recém-inaugurada em São Paulo que, inspirada em Nova York, faz sucesso seus hambúrgueres personalizados, que vão dos clássicos como o x-salada com maionese verde aos autorais como os Pork Porn, de pernil desfiado; o El Gringo, que leva chimichurri; e o Chilli Smash, com toque de chili, passando por sanduíches vegetarianos, que substituem a carne ou frango por hambúrguer plant based. “Esses hambúrgueres autênticos estão cada vez mais populares no gosto do brasileiro”, completa Perrone.

Realmente, é mesmo. Segundo a BurguerPedia, uma grande pesquisa feita pela Kerry, líder global em nutrição sustentável para alimentos e bebidas, as tendências para o mercado de hambúrguer em 2023 no Brasil apontam para esse caminho. Baseada na análise do cardápio de 64 hamburguerias – entre elas as grandes franquias como McDonalds, Bob´s e Burguer King – o levantamento mostra claramente essa diversificação além do tradicional pão, carne, queijo e molho na preferência dos consumidores, que procuram inovação. “O intuito do estudo, é que através da análise de diversas categorias de menus sejam mapeados novos sabores, montagens, molhos, queijos e outros componentes dos hambúrgueres”, explica Pedro Tatoni, principal responsável pela pesquisa.

De acordo com o estudo da Kerry, o pão brioche continua sendo o mais utilizado nas montagens dos hambúrgueres e sanduiches com 47% de preferência do público, seguido pelo pão tradicional (27%), pão de gergelim e pão australiano (8%), pão artesanal (3%), pão francês e pão de forma (2%) e pão de batata, de leite e sírio (1%). Nas proteínas, a carne bovina também continua sendo a preferida, com 82,3% de relevância nas aparições das montagens, seguida pelo frango (11%), carne suína (2,79%), embutido (1,71%), peixe (1,40%), cordeiro (0,31%) e frutos do mar (0,16%).

No quesito queijos, o cheddar ainda é o favorito com 40% da preferência, seguido por queijo prato (27%), american cheese (18%), mussarela (4%), gorgonzola e colby (3%), catupiry (2%), blue cheese, gruyere e colonial (1%). Entre os molhos, o pódio é da maionese, citada por 49% dos consumidores, seguida pelo BBQ (11%), ketchup (9%), maionese verde (8%), mostarda (7%), molho de tomate (5%), cheddar, sour cream e aioli (3%), dijonese (2%). Outros molhos que apareceram no estudo são a Ggeléia de pimenta, maionese de manjericão, maionese de ervas, maionese defumada e ranch. Para os hambúrgueres vegetarianos e veganos, a maionese tradicional também aparece em primeiro lugar, com a maionese verde e o ketchup logo atrás. A mostarda, maionese de alho vegana, maionese de ervas, molho de tomate, pesto e tártaro também foram mencionadas.

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Paixão nacional

Segundo o Instituto Food Service Brasil (IFB), só no ano passado, os brasileiros gastaram em média cerca de R$ 19,00 (dezenove reais) por dia em hamburguerias, 8% a mais que em 2021. E o setor movimentou mais de R$ 216 bilhões, 1% a mais que em 2019, ou seja, já retomou os mesmos patamares da pré-pandemia.

De acordo com um levantamento do IFood, entre janeiro e maio de 2023, houve um aumento de 7% na venda de hambúrgueres, com 44.503 milhões de unidades contra 41.324 milhões no mesmo período do ano passado. Assim, o hambúrguer continua como o item mais desejado e pedido do aplicativo de delivery, com média de 247 hambúrguer vendidos por minuto.

É fato que o hambúrguer já faz parte do cardápio brasileiro. Ao lado da feijoada e da pizza, é uma paixão nacional que, pelo andar da carruagem, ainda vai ganhar muitas novos sabores e versões. Vida longa ao hambúrguer!

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