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‘Crocodilo’, um thriller violento sobre memória e a frieza humana

Episódio de 'Black Mirror' apresenta aparelho que reproduz, em uma tela, as lembranças de uma pessoa

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 dez 2017, 11h00 - Publicado em 30 dez 2017, 11h00

A memória é um tema recorrente e intrigante para Black Mirror. Em um de seus melhores episódios, Toda a Sua História, do primeiro ano da série, um dispositivo funciona como uma câmera de segurança constante, que armazena tudo o que foi vivido pela pessoa que o usa, podendo ser acessado de forma privada ou até coletivamente — com a ajuda de uma tela, como da TV, para a exibição.

Em Crocodilo, terceiro episódio da quarta temporada, as memórias voltam a sofrer com a falta de privacidade. Com uma tecnologia menos avançada que a de Toda a Sua História, o aparato aqui é empregado pela polícia e por companhias de seguro para obter imagens das mentes de testemunhas para serem usadas em processos investigativos. Apesar de ser tão envolvente quanto o capítulo da primeira fase, Crocodilo é mais frio ao tratar de sentimentos humanos, um bocado violento e um tanto falho na construção de sua protagonista.

Na história, um casal atropela e mata um jovem que andava de bicicleta em uma estrada. A moça tenta chamar a polícia, mas seu namorado, que dirigia o veículo, entra em pânico e a convence de que a melhor saída é esconder o corpo e fingir que nada aconteceu. Anos depois, Mia (Andrea Riseborough) é uma mulher casada, com filho e bem-sucedida em seu negócio como designer de interiores, mas se vê obrigada a enfrentar o passado quando o ex-namorado reaparece e diz que pretende contar sobre o acidente à polícia. Paralelamente, a jovem Shazia (Kiran Sonia Sawar), que trabalha para uma seguradora, tenta confirmar o relato de um cliente após ele ter sido atropelado por um carro de entregas. Para isso, ela conta com a ajuda do aparelho que reproduz, em uma tela, as memórias de uma pessoa.

A trama se passa na gélida Islândia e o cenário se beneficia largamente disso – as paisagens são sensacionais e estabelecem uma bem-vinda mudança de cenário em relação à maioria dos episódios da série. Igual frieza pode ser vista em Mia nos momentos cruciais da produção, o que aparenta estar em contradição com a personalidade que ela mostra inicialmente. Essa mudança repentina causa estranheza e incômodo, mas o ritmo de thriller que a história adquire com o passar dos minutos acaba se sobressaindo e valendo a hora passada em frente à TV.

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