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Black Museum: o melhor episódio da 4ª temporada de ‘Black Mirror’

História que encerra o novo ano é recheada dos elementos que fizeram da série da Netflix um fenômeno da TV atual

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 dez 2017, 11h00 - Publicado em 30 dez 2017, 11h00

A quarta temporada de Black Mirror termina com força. Se seguida a ordem dos episódios como sugerida pelo serviço de streaming – e, imagina-se, pelo criador do seriado, Charlie Brooker – a última história a ser vista pelo público é Black Museum, a melhor de toda a temporada. No episódio, uma jovem (Letitia Wright) vai parar em um museu com objetos e memorabilia de casos macabros em que a tecnologia mais atrapalhou do que ajudou. Ela é guiada pelo dono do museu, Rolo Haynes (Douglas Hodge, de The Night Manager), um tipo esquisito que conta, com um quê de sadismo, como cada um dos aparatos foi usado – e como arruinou a vida de seus donos.

A exemplo de Natal, especial lançado entre a segunda e a terceira temporada em que mais de uma história compõe a trama, Black Museum parece ter sido uma maneira criativa de Brooker de dar vazão a ideias que não renderiam um episódio inteiro da série. O primeiro objeto a ser mostrado por Haynes possibilitava a uma pessoa sentir as mesmas coisas que outra – nas mãos de um talentoso médico, parece, de início, uma benção, já que ele poderia diagnosticar facilmente seus pacientes a partir da dor que sentiam. A segunda história trata de uma mulher que, em coma, tem sua consciência transplantada para o corpo do marido – dessa forma, ela poderia continuar a ver o filho dos dois crescer. A terceira história é a mais macabra – a consciência de um assassino condenado é transferida para um holograma que pode ser executado repetidamente pelos visitantes do museu.

É um episódio com muitos dos elementos que fizeram o público de Black Mirror se apaixonar pela série: tecnologia nova e um tanto absurda, a fragilidade e imaturidade humana diante desses aparelhos tão potentes, um bocado de cenas sombrias que fazem o espectador sofrer junto com o personagem, mas, ao mesmo tempo, não conseguir desviar o olhar, e uma reviravolta que explica tudo e encaixa todas as peças. Um clássico exemplar de um dos melhores seriados da atualidade. Bem executado, bem interpretado e cheio de referências a episódios anteriores da produção – como uma foto na parede do museu que retrata a protagonista do episódio Urso Branco, da segunda temporada. Ou seja, um prato cheio para quem é fã dessa estranha – e maravilhosa – série.

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