Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Criadores do Manual do Mundo: YouTube permite democratizar conhecimento

Há dez anos, Iberê Thenório e Mariana Fulfaro publicam vídeos com curiosidades e projetos de ciência, conquistando uma plateia de alunos e professores

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2018, 07h18 - Publicado em 29 Maio 2018, 17h01

Há dez anos, o jornalista Iberê Thenório e a terapeuta ocupacional Mariana Fulfaro produzem vídeos para o YouTube sobre curiosidades de ciências no canal Manual do Mundo, que hoje atinge um público de 10 milhões de “alunos”. “Não nos consideramos um canal de educação, mas de entretenimento educativo”, explica Mariana. “É quase uma relação de avô com neto, de pai com filho, é mais essa transmissão de conhecimento”, completa Thenório.

Para a dupla, o YouTube foi um meio de ampliar o acesso à educação. “Quando eu estudava para o vestibular, assistia ao Telecurso 2000, que era mais limitado, não era esse mundo como é o YouTube. Acho que democratiza, sim, porque permite que as pessoas acessem todo um mundo de conhecimento, tenham acesso às mesmas aulas que escolas de ponta proporcionam”, argumenta Mariana.

Continua após a publicidade

Os criadores do Manual do Mundo foram entrevistados pelo editor Filipe Vilicic no fórum Amarelas ao Vivo, versão de palco das tradicionais Páginas Amarelas da revista.

O objetivo da dupla — assessorada por professores de todas as áreas, com direito a um físico contratado exclusivamente para auxiliá-los — é “plantar a sementinha da curiosidade”. “Tem muita gente que conta que foi fazer faculdade de física, de química, de biologia, por causa do Manual do Mundo, ou que participou de uma feira de ciências”, emenda a autora.

De acordo com Thenório, o objetivo não é “pregar para convertido”. “Queremos que aquela pessoa que senta no fundo da sala e nunca se interessou por ciências passe a se interessar por assistir ao nosso canal”, diz o jornalista.

Continua após a publicidade

Eles concordam que há muita desinformação na plataforma de vídeos, mas consideram que essa não é uma característica exclusiva dela. “Infelizmente, o obscurantismo é um movimento do século XXI. No YouTube tem isso, de gente falando que a Terra é plana ou com erros crassos de química, mas eu acho que ele tem uma vantagem: entre Instagram, WhatsApp, Facebook e Twitter, é o único que tem conteúdo com profundidade”, defende Thenório.

Os dois contam que sempre pesaram a responsabilidade de se comunicar com crianças e jovens. ” Nós nos preocupamos muito com o que estamos falando, se é seguro, se dá para fazer em casa (em caso de experiências científicas)”, comenta Mariana, que considera “a educação uma obrigação dos pais”. “Eles têm que ter o controle do que os filhos fazem, para que  não acessem aquilo que não pode ou que, se acessarem, que possam procurar esse pai para conversar sobre.”

Continua após a publicidade

Mariana e Thenório afirmam gostar de manter uma relação próxima com as escolas e com os professores que assistem ao canal. Muitos docentes reproduzem os vídeos para ajudar a elucidar temas, bem como sugerem outras pautas e projetos que eles poderiam fazer. “Pensamos no que queremos demonstrar e vamos atrás do conteúdo que embasa”, explica a terapeuta ocupacional.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.