O Procon-SP recebeu mais de 3.000 denúncias de preços abusivos nos combustíveis em São Paulo desde o início da greve dos caminhoneiros, informou a entidade nesta quarta-feira (30). Dessas reclamações, 1.569 eram direcionadas a um estabelecimento específico.
“O Procon não recebe reclamações sobre preços em geral [dos combustíveis], pois não existe tabelamento”, disse o órgão. Apenas denúncias de preços abusivos estavam sendo aceitas.
Um levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em gestão de frotas, mostrou uma variação de até 99,85% no preço do litro da gasolina entre postos de todo o Brasil na última semana, marcada pelas paralisações. O valor mais baixo do combustível é de 3,49 reais, enquanto o mais alto é de 6,94 reais.
Nesta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou que Procons estaduais poderão fiscalizar os postos de gasolina para verificar se eles vão repassar o desconto de 0,46 centavos no diesel para o preço final, determinado pelo governo para atender às demandas dos caminhoneiros.
O Procon-SP pediu que a população denuncie os estabelecimentos que praticassem preços abusivos por meio do site do órgão. Se a denúncia for confirmada, como aconteceu no Recife, onde um posto vendia o litro de gasolina a 8,99 reais, os estabelecimentos podem ser punidos com multa e até interditados.