O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, trouxe um aumento da previsão da inflação pela 19ª vez consecutiva. De acordo com a última pesquisa realizada com mais de 100 instituições do mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 7,05% no final de 2021. Há uma semana, a previsão era de 6,88% e há um mês, de 6,31%.
Como não poderia deixar de ser nesse cenário, a Selic continuará pressionada pela inflação e, dessa forma, o mercado elevou a previsão mediana para o final de 2021 para 7,5% ao ano. Há uma semana, a estimativa era de de 7,25% anuais e há um mês, de 7,75%. O mesmo ocorreu com a previsão do juros para o final de 2022, que foi elevada de 7,25% ao ano há uma semana para 7,50%, na pesquisa mais recente. Há um mês, a estimativa era de 7%.
O crescimento econômico, por sua vez, foi revisado para baixo. O mercado espera que o crescimento do PIB no final do ano será de 5,28%, variação negativa em 0,02 ponto percentual em relação à semana passada. Frente a estimativa de um mês atrás, no entanto, o número fica 0,01% acima da previsão, de 5,27%. Para 2022, a previsão se manteve em 5,20%.
Como mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho, considerado a prévia do PIB, o índice foi pressionado para baixo pelas vendas do varejo, mas neutralizado pelo crescimento da área de serviços. O número trouxe alta de 1,14% no mês. Portanto, a variação do índice foi de 0,12% no segundo trimestre de 2021 em relação ao anterior, indicando uma leve aceleração.