Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Chefe da ONU está preocupado com futuro de mulheres e crianças afegãs

No período de domínio do Talibã, que ocupou a capital do país neste domingo, mulheres não podiam trabalhar ou estudar

Por Redação
Atualizado em 15 ago 2021, 20h31 - Publicado em 15 ago 2021, 19h59

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, está preocupado com o futuro de mulheres e crianças no Afeganistão e pediu moderação por parte do Talibã e outros grupos para proteger a vida da população, noticiou a agência Reuters nesse domingo, 15.

“Continuam a haver relatos de graves abusos e violações dos direitos humanos nas comunidades mais afetadas pelos combates”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em um comunicado, acrescentando que Guterres “está particularmente preocupado com o futuro das mulheres e meninas e que “direitos conquistados devem ser protegidos. “

“Todos os abusos devem parar. Ele apela ao Talibã e a todas as outras partes que garantam que os direitos e liberdades de todas as pessoas sejam respeitados e protegidos”, disse Dujarric.

Sob o governo do Talibã, entre 1996 e 2001, as meninas não eram autorizadas a frequentar a escola, as mulheres eram proibidas de trabalhar e só podiam sair às ruas acompanhadas por um parente do sexo masculino e vestindo uma burca. As punições para quem infringisse as regras eram severas, incluindo apedrejamentos. 

Continua após a publicidade

Desta vez, o Talibã alegou que irá redigir leis que garantam que as mulheres possam participar da vida pública. “O objetivo é permitir que as mulheres contribuam para o país em um ambiente pacífico e protegido”, disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, em maio.

Em uma carta compartilhada com a emissora americana NBC pelo escritório de Rohgul Khairzad, vice-governadora da província de Nimroz — a primeira a ser tomada pelo Talibã depois da retirada das tropas americanas — as mulheres expressaram preocupação com um futuro sem direito à educação e trabalho.

Continua após a publicidade

“O Talibã, durante o regime anterior, mostrou que nunca permitiria que mulheres estudassem e trabalhassem”, diz o documento. “Nós acordamos com milhares de medos, e ficamos assustadas até o amanhecer”, diz outro trecho, que antecede um apelo à comunidade internacional para parar o regime. “Por favor, pare o Talibã. Respeite as mulheres e as meninas.”

O presidente Ashraf Ghani deixou o Afeganistão nesse domingo, depois de o Talibã sitiar a capital do país. O grupo já tomou grande parte da capital Cabul, e segundo a AP News, pretende declarar o país como Emirado Islâmico do Afeganistão — nome pelo qual atendia antes da invasão americana, iniciada depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.