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Ibovespa cai 4% após anulação de condenações de Lula

Dólar dispara e chega a 5,77 reais com a instabilidade política e judiciária após a decisão do ministro Edson Fachin, no STF

Por Luisa Purchio Atualizado em 11 mar 2021, 17h35 - Publicado em 8 mar 2021, 16h41
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  • O Ibovespa, príncipal índice da bolsa brasileira, caiu de 114,3 mil pontos para 111,1 mil pontos em menos de meia hora na tarde desta segunda-feira, 8. A derrocada de 3 mil pontos aconteceu aproximadamente às 15h30, após a anulação das condenações do ex-presidente Lula em Curitiba pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. O principal impacto nas bolsas se deve ao fato de Lula se tornar elegível para 2022. A queda se acentuou e o índice fechou em baixa de 3,98%, para 110.611 pontos.

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    “O ministro Edson Fachin, por decisão monocrática, entendeu que a 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba não era o juízo competente para processar e julgar Luiz Inácio Lula da Silva”, diz a nota do gabinete do Ministro Edson Fachin em relação ao Habeas Corpus 193.728.

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    O dólar, por sua vez, que já operava em alta, subiu ainda mais, e fechou o dia em 5,7778 reais, 1,66% em relação ao fechamento anterior. A reviravolta política e jurídica se somou ao clima de aversão ao risco no qual a B3 iniciou a semana. Com o agravamento da crise do novo coronavírus e os novos lockdowns no país, os investidores já começaram o dia com predominância de venda de papeis.

    “Isso é ruim e afasta os investidores internacionais por causa de um nível de indeterminação a respeito da parte jurídica”, analisa André Perfeito, economista da Necton. “A possibilidade de isso se desenrolar favoravelmente ao Lula está mais próxima”, diz.

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    “O impacto da decisão do STF sobre o risco do país é muito grande. O Lula foi condenado em todas as instâncias e depois de dois anos de pena alguém do STF simplesmente fala que tudo aquilo foi simplesmente anulado?”, diz Bruno Musa, economista da Acqua Investimento. “A percepção do mercado não é só de risco político, mas também de haver um retrocesso de toda uma política macroeconômica muito mais liberal que vem se desenhando”, diz ele.

    A Localiza era o papel com maior baixa no pregão, com queda de 9,83%. As Lojas Americanas caíam 9,39%, e a Locamérica, 7,88%. Já a Petrobras estava entre as empresas mais negociadas da bolsa, com PETR4 em queda de 5,63%. As ADRs, recibos que correspondem a ações da petroleira na bolsa de Nova York, caíam 4,9% no final da tarde desta segunda-feira. Além da decisão do STF, a estatal sofre a interferência do presidente Jair Bolsonaro na empresa. De 12 de fevereiro, antes da interferência de Bolsonaro na estatal, para cá, os papéis caíram 29%.

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    Não é a primeira vez que o imbróglio jurídico da condenação e prisão do ex-presidente tem forte impacto no mercado financeiro. Em novembro de 2019, quando foi anunciada a soltura de Lula, a Bolsa caiu 1,78%, aos 107.628. O dólar, por sua vez, subiu 1,82%, para R$ 4,16. Em abril de 2018, quando o ex-presidente foi preso, o dólar subiu 1,6%,chegando a 3,429, maior cotação em 16 meses. Na mesma data, a bolsa caiu 1,78%, chegando a 83.307 pontos.

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