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Como a relação com a China impulsionou a balança comercial em 2020

Saldo comercial do país cresceu 7% em 2020; Com safra recorde de soja e real desvalorizado, perspectiva para 2021 é de crescimento de 3,9%

Por Luisa Purchio Atualizado em 4 jan 2021, 21h48 - Publicado em 4 jan 2021, 17h21
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  • Dados divulgados nessa segunda-feira, 4, pela Subsecretaria de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério da Economia, mostram que, apesar da crise que se abateu sobre o país em 2020 devido à Covid-19, a balança comercial brasileira encerrou o ano no positivo. As exportações totalizaram 209,921 bilhões de dólares e as importações 158,926 bilhões de dólares, gerando um saldo positivo em 50,995 bilhões de dólares, ou crescimento de 7% em relação a 2019. Como o real está desvalorizado em relação ao dólar, o ganho para as empresas brasileiras em moeda nacional foi multiplicado.

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    Em 2020, os laços comerciais entre o Brasil e a China aumentaram e o país exportou 7,8% a mais para o gigante asiático em relação ao ano anterior. Quanto aos Estados Unidos, por sua vez, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, houve queda de 27,2% nas importações brasileiras, ou 32,1 milhões de dólares. Houve também crescimento significativo nas exportações para Cingapura, Indonésia, Malásia e Paquistão.

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    Do outro lado da balança, caíram as exportações para a Europa, em 9,73%. Os Países Baixos importaram 26,4% menos do Brasil, uma baixa de 10,6 milhões de dólares, enquanto a França registrou queda de 23%, que atingiram 2,4 milhões de dólares menos. Já, junto à Alemanha, houve queda 12,2% em produtos importados do Brasil, ou de 2,3 milhões de dólares.

    Perspectivas

    O porto seguro da balança comercial do país e, consequentemente, do PIB, mais uma vez, foram as commodities. Apesar de possuírem um valor agregado menor que de produtos industrializados, a demanda sobre alimentos, principalmente a soja, se mantêm firme mesmo em momentos de crise. Em 2020, a China fez estoques e aumentou a compra do alimento. Além disso, o principal parceiro comercial do Brasil rapidamente religou o maquinário industrial e aumentou a importação de minério de ferro do país. Para outros países da Ásia, houve destaque também o aumento da exportação de carne bovina e açúcares e melaço.

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    No ano, a agropecuária cresceu 6% em relação a 2019, enquanto a indústria extrativa caiu 2,7% ou 5,34 milhões de dólares e a indústria da transformação sofreu perda de 11,3% ou 58,71 milhões de dólares.

    Os dados divulgados nesta segunda mostram também que, em dezembro, as exportações totalizaram 18,365 bilhões de dólares e as importações, 18,407 bilhões de dólares, mantendo no mês uma balança comercial negativa em 42 milhões de dólares. Esse número, porém, já era esperado pelo mercado, uma vez que a comercialização das safras da soja, o principal componente das commodities, já estava esgotada no final do ano.

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    Para 2021, o relatório prevê que o saldo da balança comercial brasileira crescerá 3,9% em relação a 2020, impulsionada principalmente pelo aumento nas exportações brasileiras. No radar está previsto um crescimento de 3,5% na safra de soja, devido ao aumento de produtividade do grão e área de cultivo. Além disso, há perspectiva de crescimento de 5% na produção industrial em 2021 em relação a 2020, recuperando a queda de 5% que ocorreu no ano passado. O real também deve se manter desvalorizado em relação ao dólar, em torno de 5,1 reais o dólar comercial. Aliado à retomada do comércio mundial e do PIB brasileiro, o ano é de expectativas positivas para a balança comercial brasileira.

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