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O que o mercado financeiro espera para a economia brasileira em 2021

Estimativa dos analistas financeiros consultados pelo BC é de crescimento do PIB de 3,40% e pressão inflacionária menor que em 2020

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 mar 2021, 20h03 - Publicado em 4 jan 2021, 11h04

Início de ano é marcado por previsões e, para analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central, a expectativa é pela retomada da economia. Segundo dados do primeiro Boletim Focus do ano, divulgado nesta segunda-feira, 4, a expectativa é de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,40% em 2021, após a recessão de 2020 ocorrida devido a pandemia do novo coronavírus. A crise sanitária ainda não foi embora, mas a expectativa é de continuidade na recuperação das atividades, que passaram por choque no ano passado.

A retomada das atividades econômicas, que ganhou fôlego no terceiro trimestre de 2020, somada a expectativa pela vacinação da população são os fatores que o mercado leva em consideração para estimar a recuperação econômica. Além disso, o andamento da agenda de reformas também é essencial para melhorar o ambiente de negócios e destravar investimentos, empurrando assim a retomada. Os benefícios utilizados para segurar o tombo econômico de 2020, como o auxílio emergencial, não estão mais vigentes.

Vale lembrar que fatores externos impactam o desempenho da economia, incluindo doenças e política externa. No ano passado, por exemplo, a previsão era de crescimento de 2,3% no início do ano, mas o choque de demanda trazido pelo coronavírus impactou em recessão. A estimativa de recuo da economia do Brasil em 2020 é de 4,36%, segundo o Focus divulgado nesta segunda. O resultado do PIB do Brasil ano passado será revelado no próximo mês de março.

Os economistas passam a estimar uma inflação menos acelerada para este ano. A previsão para o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 3,32%, abaixo do centro da meta previsto, que é de 3,50%, mas dentro da margem de tolerância, que varia 1,5 ponto para baixo ou para cima. Em 2020, a retomada das atividades, a desvalorização do real e o pagamento do auxílio emergencial aumentaram a pressão inflacionária, impactada principalmente, pela alta dos alimentos. A perspectiva do mercado é que o IPCA tenha fechado 2020 em 4,38%. O resultado da inflação oficial do país será conhecido no próximo dia 12. Para este ano, é esperado que a pressão nos alimentos ceda. Porém, custos que ficaram deprimidos devido a pandemia, como o setor de serviços, podem pesar no indicador deste ano.

Apesar da expectativa de um pressão inflacionária menor para 2021, o mercado estima alta na Selic, a taxa básica de juros. A previsão é de  3%. Atualmente, a Selic está em 2% ao ano, a mínima histórica. Na última reunião de 2020, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica em 2%, alegando mais uma vez que a pressão inflacionária é temporária e que para 2021, o IPCA segue projeções controladas, próximo do centro da meta, porém mais baixo. “As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada. Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente”, afirma o comunicado divulgado após a reunião.

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