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BC inglês mantém taxa de juros e faz alerta sobre Brexit

Autoridade financeira optou pela manutenção dos juros em 0,75% ao ano e afirmou que saída do Reino Unido da UE sem acordo vai prejudicar economia

Por Larissa Quintino Atualizado em 19 set 2019, 09h41 - Publicado em 19 set 2019, 09h32
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  • O Banco Central da Inglaterra (Bank of England, BoE) decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros em 0,75% ao ano. O motivo da manutenção, segundo a instituição, é a incerteza da economia por causa da falta de uma solução para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. 

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    “Desdobramentos relacionados ao Brexit estão deixando dados econômicos do Reino Unido mais voláteis, com o PIB (Produto Interno Bruto) caindo 0,2% no segundo trimestre de 2019 (em relação ao trimestre anterior). Agora esperamos que cresça 0 2% no terceiro trimestre”, afirma o BoE.

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    Para o comitê, o crescimento da economia britânica desacelerou, mas permanece “ligeiramente positivo”. “Um grau de excesso de oferta parece ter se aberto dentro de empresas”, acrescenta o comunicado. “O governo anunciou um aumento significativo em gastos departamentais para o período de 2020 a 2021, que poderia elevar o PIB em torno de 0,4% ao longo do período de projeção do comitê, todo o mais sendo constante.”

    O BC britânico ressalta ser possível que “eventos políticos levem a um período adicional de incerteza arraigada sobre a natureza de e a transição para a eventual futura relação de comércio do Reino Unido com a União Europeia”. “Quando mais tempo persistirem essas incertezas, particularmente em um ambiente de crescimento global mais fraco, mais provável é que o crescimento da demanda permaneça abaixo do potencial.”

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    No cenário de um Brexit sem acordo, reafirma a autoridade monetária, a libra provavelmente cairia, a inflação aumentaria e o crescimento do PIB desaceleraria. “As decisões de taxa de juros o comitê teriam de equilibrar a pressão de alta sobre a inflação, da provável queda da libra, e qualquer redução na capacidade de oferta, com a pressão de baixa de qualquer redução na demanda. Nessa eventualidade, a resposta de política monetária não seria automática e poderia se dar em qualquer direção.”

    Já na hipótese de haver mais clareza de que a economia está rumando para um Brexit “suave”, e presumindo alguma recuperação do crescimento global, “é provável que se forme uma margem significativa de excesso de demanda no médio prazo”. “Se isso viesse a ocorrer, o comitê julga que aumentos das taxas de juros a um ritmo gradual e até um ponto limitado, seriam apropriados para levar a inflação sustentavelmente de volta à meta de 2%.”

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    Cortes

    Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa de juros da economia brasileira em 0,5 ponto porcentual, caindo de 6% a 5,5% ao ano, mínima histórica. A queda, segundo o comitê, foi possível pela estabilidade da inflação, continuidade da agenda de reformas e um cenário externo favorável a economias emergentes, como o Brasil. O Copom ainda sinalizou que há espaço para “ajuste adicional” neste ano, ou seja, que pode reduzir ainda mais a Selic.

    Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) decidiu também por cortar a taxa de juros, em 0,25% ao ano, para o intervalo de 1,75% a 2%. A entidade, porém, foi cautelosa e não deixou claro os próximos passos da política monetária americana. A comunicação irritou o presidente do país, Donald Trump, dizendo que o presidente do Fed, Jerome Powell não tem “coragem”. A decisão do Fed também não foi bem vista pelos mercados. No Brasil, o dólar fechou a quarta-feira em alta de 0,6%, vendido a 4,10 reais, na esteira da decisão do BC americano.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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