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O curioso caso do quadro de Orixás que escapou da invasão bolsonarista

Obra da artista Djanira, estimada em 3 milhões de reais, não foi depredada por uma razão irônica

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jan 2023, 13h19

Com 3,60 metros de largura por 1,12 metro de altura, o quadro Orixás, da artista brasileira Djanira (1914-1979), é uma das joias do patrimônio cultural do Palácio do Planalto e, por um lance curioso (e irônico), escapou da fúria bolsonarista no ataque em Brasília deste domingo, 8. 

Destaque do Salão Nobre do prédio, a obra que retrata divindades de religiões de matrizes africanas foi retirada do Palácio em 2019 a mando de Michelle Bolsonaro – ação apontada como sinal da intolerância religiosa da ex-primeira-dama, que é evangélica. O que Michelle não imaginava é que, ao fazer isso, ela livraria o quadro dos extremistas que apoiam seu marido. 

Estimada em 3 milhões de reais, a tela Orixás voltou a ver a luz do dia este ano. Segundo Janja, a nova primeira-dama, o quadro arquivado sofria com o descaso e tinha até um furo feito com uma caneta. A obra, então, foi restaurada e enviada ao Museu Nacional da República, no Distrito Federal, onde faz parte da mostra Brasil Futuro: As Formas da Democracia, que abriu no dia 2 de janeiro e vai até 26 de fevereiro. A expectativa é que, ao fim da exposição, Orixás retorne ao Palácio do Planalto.

FOLCLORISMO PUERIL - A paulista Djanira (acima) e a tela Vendedora de Flores (1947): de boia-fria e costureira a artista “do povo”
A paulista Djanira: de boia-fria e costureira a artista “do povo” (Wilton Montenegro/.)
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