De ‘Fuzuê’ a ‘The Idol’: os grandes micos da TV em 2023
De séries do streaming a novelas da Globo, produções desagradaram o público e a crítica
Enquanto séries magníficas chamaram a atenção da crítica e do público em 2023, outras tantas fizeram a audiência arder os olhos, como a sofrível The Idol, da HBO que acabou cancelada (ufa!) após uma temporada. As novelas da Globo também não escaparam da rejeição do telespectador. Confira a lista dos maiores fracassos da TV neste ano.
The Idol (HBO Max)
Nenhuma série chamou tanto a atenção negativa como a produção estrelada por The Weekend e Lily-Rose Depp, filha de Johnny Depp. Idealizada por Abel Tesfaye, o The Weeknd, e Sam Levinson (diretor de Euphoria), a produção segue Jocelyn (Depp), uma cantora pop à beira de um colapso que passa a se relacionar com Tedros (Tesfaye), líder de uma seita manipuladora que passa a devorá-la sexualmente — de forma exageradamente gráfica na série. Além de um roteiro pobre, a produção apelativa abusa de cenas sensuais para chamar atenção, mas o resultado afastou a audiência da HBO com seus diálogos sofríveis de acompanhar. Por sorte, foi cancelada.
Novelas da Globo
Após o sucesso do remake de Pantanal em 2022 e da ótima Vai na Fé (novela das 7) neste ano, a Globo vem sofrendo com suas três novelas em horário nobre desagradando o público da TV aberta. Na faixa das 6, o remake de Elas por Elas é considerado contemporâneo demais para o horário e com atuações forçadas. Na sequência, Fuzuê passa longe do sucesso de sua antecessora com um mistério pouco instigante e um casal de mocinhos sem apelo. Já Terra e Paixão em sua reta final até tem reagido no ibope, mas sua protagonista esquecida e a trama cíclica que não sai do lugar — só tem mortes quase toda semana — não será uma grande obra memorável da dramaturgia.
Pipoca da Ivete (Globo)
Apesar do carisma incontestável da cantora Ivete Sangalo, o programa dominical de auditório apresentado por ela foi cancelado após amargar péssimos índices de audiência. A atração era pra ser alto-astral, misturando assuntos e dinâmicas, ideia que culminou em roteiro desinteressante e confuso. Tirando a parte musical, não sobrava muito conteúdo.
The Witcher e Elite (Netflix)
A terceira temporada de The Witcher e a sétima de Elite não foram o que a Netflix tinha de melhor a oferecer neste ano. Enquanto a trama sobre bruxos marcou a despedida de Henry Cavill da produção — ator que só fez escolhas erradas em sua carreira recentemente –, o thriller teen teve como chamariz a participação de Anitta no elenco. A cantora, surpreendentemente, não foi uma atriz ruim nos cinco minutos totais que apareceu na temporada de oito episódios de quase uma hora cada.
A Fazenda (Record)
Não que se espere qualidade de um reality da Record, mas a 15ª edição de seu principal programa não só foi um show de baixaria como também desceu ladeira abaixo no Ibope, com 6 pontos de média na Grande São Paulo — a pior marca da história da atração. Como de costume, o reality contou com um elenco de subcelebridades barraqueiras e personalidades da mídia decadentes na disputa por um prêmio de 1,5 milhão de reais. O que se viu no programa foi o de sempre: muitos xingamentos, agressões verbais e até físicas, culminado até mesmo na expulsão da ex-âncora do SBT Rachel Sheherazade.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
Tela Plana para novidades da TV e do streaming
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial