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O problema com a versão de Roger Waters para um álbum famoso do Pink Floyd

O ex-baixista do grupo lança nesta sexta-feira, 6, 'The Dark Side of The Moon Redux', com releituras das obras clássicas do disco

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2023, 15h21 - Publicado em 6 out 2023, 07h00

O ex-baixista do Pink Floyd, Roger Waters, lançou nesta sexta-feira, 6, o álbum The Dark Side of The Moon Redux, em que ele reiterpreta as canções do clássico disco da banda, que completou 50 anos em 2023. O álbum, que contém as mesmas canções do primeiro álbum, só tem Waters da gravação original. Para tocar os outros instrumentos, o baixista contou com a participação dos músicos Gus Seyffert, Joey Waronker, Jonathan Wilson, Jon Carin, Johnny Shepherd, Azniv Korkejian (Bedouine), Via Mardot, Gabe Noel e Robert Valter.

“A mensagem resistiu ao teste do tempo”, diz Waters em um vídeo de divulgação sobre o disco. “É uma versão, não para substituir o original, mas para lembrar dele como um complemento e progredir no conceito do trabalho original. Adoro a gravação original. Essa nova gravação é mais reflexiva, mais indicativa do qual era o conceito do disco”, completa o músico.

De fato, trata-se de um álbum bem mais reflexivo do que o original e, consequentemente, muito mais monótono. Antes de todas as canções, há um monólogo de Waters falando sobre o conceito das faixas – algo quase didático para não restar dúvidas sobre o que ele gostaria de dizer com aquelas composições. Gravadas de maneira acústicas e bem mais lentas que os originais, as faixas praticamente não tem nenhum efeito especial (como os famosos relógios de Time ou caixas registradoras de Money). Já em Speak To Me há uma citação da letra da faixa Free Four, de 1972, do Pink Floyd.

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A ideia desta regravação, segundo Waters, surgiu quando ele estava fazendo seu sexto álbum de estúdio, The Lockdown Sessions, uma coleção de regravações do Pink Floyd, e lhe ocorreu que poderia fazer algo semelhante com The Dark Side of The Moon no aniversário de 50 anos do disco. Para Walters, quando ele e os ex-colegas, David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright gravaram o disco, eles eram muito jovens e “a mensagem não pegou entre o público”.  “É por isso que eu comecei a considerar o que a sabedoria de uma pessoa de 80 anos poderia trazer para uma versão reinventada”, contou.

O resultado é um disco que passa ao largo da genialidade do original. Mas esse nem era o objetivo de Walters e, sim, fazer um complemento do original. The Dark Side of The Moon Redux, portanto, soa como aquela anedota do Nescafé. Toda vez que alguém toma uma xícara do café solúvel, surge uma vontade louca de tomar um café de verdade.

O lançamento ocorre num período pouco auspicioso para Waters. O músico é acusado de antissemitismo e está em uma ferrenha briga com David Gilmour. A esposa de Gilmour, Polly Samson, chamou Waters de “apologista de Vladimir Putin”, misógino e mentiroso. Já Gilmour postou recentemente o vídeo do documentário The Dark Side of Roger Waters, idealizado pela Campaign Against Antisemitism. Gilmour publicou ainda uma carta aberta que pede que o show de lançamento deste novo disco de Waters, no London Palladium, previsto para ocorrer nos dias 8 e 9 de outubro, sejam cancelados. Waters também tem shows em breve marcados no Brasil. Ele se apresenta nos dias 24 de outubro, em Brasília, e 28, no Rio de Janeiro. Na sequência ele tem datas marcadas para novembro, no dia 1 (Porto Alegre), 4 (Curitiba), 8 (Belo Horizonte), 11 e 12 (São Paulo).

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