Ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo durante os governos Lula e Dilma, Rosemary Nóvoa Noronha escapou no ano passado de uma ação penal que a acusava de corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica, no âmbito da Operação Porto Seguro, mas não se desvencilhou de um processo que tirou um dos seus bens, um apartamento localizado no terceiro andar de um edifício no Boqueirão, em Santos.
Após seis anos sem pagar a taxa mensal do condomínio, de cerca de 800 reais atualmente, Rose Noronha e uma irmã vão perder o imóvel, avaliado no fim do ano passado em 480 000 reais. Com 92 metros quadrados e três quartos, a moradia irá a leilão tão logo o juiz determine a data, o que pode ocorrer ainda em 2022.
As características da construção e o valor de mercado foram analisados por um perito que cobrou 2 800 reais pelo trabalho. Durante o curso da ação, iniciada em 2016, Rosemary disse que não tinha como quitar o débito, pois suas contas estavam todas bloqueadas.