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Filha de presidente recém-eleito da Colômbia ostenta camisa de Marielle

Pouco antes de vitória de Gustavo Petro, a estudante Sofía chamou atenção para movimentos feministas

Por Da Redação 20 jun 2022, 13h01

Sofía Petro acompanhou o pai em suas três tentativas de chegar à Presidência da Colômbia. Agora, em 2022, se tornou mais visível por sua participação ativa e até em entrevistas de Gustavo Petro, que no último domingo, 19, saiu vitorioso sobre o populista Rodolfo Hernández, se tornando o primeiro líder de esquerda do país.

Ao seguir às urnas, Sofía chamou atenção de brasileiros por um detalhe que pode ter passado até despercebido em Bogotá. Em suas redes sociais, ostentou uma camisa da vereadora carioca Marielle Franco, morta a tiros 2018.

“‘Devemos ocupar nossos corpos em todos os espaços’ – Marielle Franco. Sim, também nas urnas. Pela paz, pelas mulheres, pelo meio ambiente, por uma mudança”, escreveu a estudante de Ciências Políticas de 20 anos em suas redes sociais, mostrando duas fotos com a camisa.

O candidato do Pacto Histórico, de esquerda, derrotou Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, e foi eleito no segundo turno das eleições, realizadas neste domingo. Os dois candidatos foram às urnas praticamente empatados, de acordo com as últimas pesquisas. O concorrente vitorioso se impôs com 50,44% dos votos, contra 47,31% do empresário.

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Na chapa de Petro, foi eleita como vice a a ex-empregada doméstica, advogada feminista e ativista pelo meio ambiente e contra o racismo Francia Márquez. Em uma publicação no seu perfil no Twitter, o candidato escreveu que é dia de festa para o povo colombiano: “Hoje, é feriado para o povo. Que ele celebre a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam amortecidos na alegria que hoje inunda o coração da Pátria. Esta vitória para Deus e para o Povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e praças”.

Petro, ex-prefeito de Bogotá e atual senador, prometeu melhorar as condições sociais e econômicas de um país onde metade da população vive em alguma forma de pobreza. Aos 62 anos, o candidato de esquerda deve assumir a Presidência do país ainda sob impacto das cicatrizes deixadas por décadas de violência alimentada pela ação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e grupos guerrilheiros menores.

Na juventude, Petro integrou um desses grupos armados, o Movimento 19 de Abril (M-19), e passou pela clandestinidade (seu codinome era Comandante Aureliano, personagem de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez), prisão e tortura até a facção se desmobilizar e virar partido político nos anos 1990.

Em sua campanha, Petro bateu nas teclas da justiça social, da sustentabilidade e do fim do autoritarismo. A intenção do senador e seu partido, Colombia Humana, é romper o sistema. Nesse sentido, têm na mira as famílias mais ricas do país (nas suas contas, “4 000 a 5 000 pessoas”) — os alvos principais de uma reforma fiscal que pretende arrecadar 10 bilhões de dólares por ano elevando impostos sobre dividendos de empresas, ativos offshore e grandes propriedades rurais.

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O próximo presidente da Colômbia receberá uma economia em crescimento, após profunda crise causada pela pandemia de Covid-19. O PIB do país cresceu um recorde de 10,7% em 2021 e deve subir 6,5% em 2022. O déficit do governo deve atingir 5,6% do PIB, em comparação com uma meta anterior de 6,2%.

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